— Somos os filhos de uma mãe com mais sorte no mundo, você sabia disso? — digo para Bae enquanto corremos pelo imenso corredor do navio.
Felizmente chegamos no andar principal, onde as pessoas estavam se despedindo das outras e vimos no navio começar a se movimentar. Fomos até a hélice e segurei firmemente nos ferros, gritando "adeus" para as pessoas.
— Conhece alguém? — Bae pergunta, acenando também.
— Claro que não, isso não me interessa. Adeus vou sentir saudades! — debocho, sorrindo.
— Eu nunca vou me esquecer de vocês!
O navio foi se deslocando gradualmente do lugar e apenas pude ver as pessoas de um tamanho bem pequeno, minha jornada está começando agora!
Na Sori
Estávamos no camarote, era lindo e trabalhado a mãos, com vitrais e esculturas, era surreal.
— A senhora vai querer colocar todos os quadros, senhorita? — a empregada me perguntou, suspendendo um dos quadros.
— Sim, temos que alegrar este camarote. — falo pegando mais um quadro.
— O que é isso? Ah, não me venha com essas pinturas de novo, é um desperdício de dinheiro! — Andrew surgiu na porta, segurando uma taça com champanhe.
— O problema é que eu gosto de arte, não você! — digo sorrindo forçadamente. — Esses quadros são fascinantes, é como estar em um sonho!
— Qual o nome do artista? — ele pergunta bebendo o líquido.
— É alguma coisa Picasso. — digo sorrindo.
— "Alguma coisa Picasso" esse artista nunca vai ter sucesso. — Andrew debocha.
— Troque suas vestes, Sori. As pessoas não precisam ver você a viagem toda com a mesma roupa — mamãe diz em seu tom "gentil" de sempre.
Como eu odiava essa superficialidade.
Me posicionei de frente para o espelho encarando minha face, em seguida tirei um par de roupas de dentro do guarda-roupa e troquei-me rapidamente. Observava meus lábios carnudos, minha pele e meus cabelos um pouco enrolados.
O tempo aqui dentro se passava rápido. Já estávamos em outra cidade, pegando novos passageiros para o Titanic e um deles foi a Margoret, ela era o que minha mãe chamava de "nova rica". Margoret era uma pessoa humilde, e de coração bom, acredito que de todos os burgueses que haviam ali, ela era a única que tinha uma bela alma.
Kim Taehyung
Na tarde seguinte estávamos navegando e nada havia diante de nós além do grande oceano.
Bae e eu corríamos pelo pátio do navio a caminho da hélice para ver o mar. Parece que está dando tudo certo, minha vida está perfeita.
— Olha, olha! — aponto para os golfinhos no mar que seguia nosso navio.
— Olhe, tem mais outro, e outro! — Bae diz sorrindo! — Eu já estou vendo a estátua da liberdade. — olho para ele, confuso — Muito pequena, é claro.
— Eu sou o rei do mundo! — grito soltando os braços, sentindo o vento forte bater pelos meus cabelos negros. A sensação é algo incrível, você se sente livre.
O capitão do navio avisava para seus comandantes aumentarem o vapor, e rapidamente consigo sentir o veículo se movimentar com mais agilidade. É inexplicável, o Titanic é inexplicável.
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Titanic | KTH
FanfictionUm artista pobre e uma jovem rica se conhecem e se apaixonam na fatídica jornada do Titanic, em 1912. Embora esteja noiva do arrogante herdeiro de uma siderúrgica, a jovem desafia sua família e amigos em busca do verdadeiro amor. • Especial de 2 ano...