Minha mãe costumava dizer que eu deveria aprender a amar as pequenas coisas da vida.
Era sempre um “preste atenção e veja a cor do céu, Jeongguk” ou “sinta a brisa do verão” mas, juro, eu nunca entendia. Quer dizer, o que tinha demais? Não precisava de muito pra saber que o céu era azul e que o verão trazia um vento chato que levava areia pros meus olhos, com mais frequência que o normal, quando íamos à praia. Não fazia nenhum sentido.
Eu cresci e, sempre que eu saia de casa, minha mãe repetia as mesmas palavras. Sinceramente, eu estava de saco cheio. Vivia ocupado com estudos e trabalhos e passava noites com algumas poucas – às vezes nenhuma – horas de sono, então não precisava pensar muito antes de praguejar com a vida injusta de não ter nascido herdeiro de uma fortuna.
Só que, de repente, eu conheci o Jimin.
De repente mesmo e nem foi meme. Era verão, com uma ventania miserável que bagunçava meu cabelo a cada minuto. Tinha saído mais que puto de uma prova surpresa pior que todas as outras em toda a minha vida e estava, literalmente, explodindo tudo e todos que chegavam perto de mim. Já andava uma pilha de nervos há dias e aquela havia sido a gota d’água, nem Jesus me enfiando um litro de água benta goela abaixo me acalmaria. E aí, esbarrei em alguém. Do jeito mais clichê possível, derrubei todos os livros de Park Jimin no chão e este, ao contrário da minha carranca, me abriu um sorriso. O sorriso mais lindo que já vi até hoje.
- Desculpe. Jeon, certo? Estava distraído, não vi você vindo.
Acho que, até o fim da minha vida, nenhuma voz que chegar aos meus ouvidos vai ser tão doce quanto a sua, Jimin-ah. Assim que abriu a boca, toda minha raiva sumiu e, brother, achei que estava vendo o próprio Pai Celestial na minha frente.
- P-Pode me chamar de Jeongguk – me abaixei e recolhi todos os livros num instante e, ao entregá-los, senti meu coração parar quando os dedos gordinhos tocaram os meus.
E aí me sorriu mais uma vez.
- Sou Park Jimin.
Desse dia em diante, eu finalmente entendi. Passar a ter Jimin na minha vida me fez ver que sim, o céu é azul, mas é muito mais do que se pode ver. Percebi que era verão, e que a brisa da estação não me trouxe só um monte de grãos de areia perdidos. Ela me fez encontrar meu bem mais precioso. Ela me trouxe Park Jimin.
Jimin me mostrou que mesmo cheio de problemas, o mundo não era tão ruim assim. Afinal, como poderia? Tinha ele ao meu lado, e nada mais importava.
Então, Jimin-ah, não esqueça que eu amo você, e cada pedacinho do seu ser. Como os seus olhinhos brilhantes que somem quando você sorri, sabe? Aquele sorriso único e gentil que só você tem e deixa meu peito tão quentinho. Suas bochechas gordinhas que eu encho de beijinhos antes de dormir, do jeitinho que você tanto gosta. Sua boca cheinha e vermelha que dá os melhores beijos da galáxia e que, junto da sua voz doce, me acalma como ninguém.
Sou seu por inteiro, mas acho que você já sabe, não é? Porque deus, Jimin, eu arrancaria meu coração fora se ajudasse o seu a bater.
Você me ensinou a amar e a ser amado. Amo você com tudo que tenho e você me ama sem pedir nada em troca, Jimin. É puro, bonito e luminoso, assim como cada estrelinha brilhante no céu. Você é minha constelação.
E olhando agora, seu cabelo bagunçado espalhado pelo travesseiro, sua boca bonita levemente aberta enquanto você ressona baixinho e sua mãozinha entrelaçada na minha, meu peito se enche de felicidade.Porque minha mãe costumava dizer que eu deveria aprender a amar as pequenas coisas da vida.
E eu aprendi, Jimin, a amar a beleza de todas as flores e o canto de todos os pássaros. Mas, acima de tudo, eu aprendi te amar. E nem a beleza de todas as pequenas coisas do universo juntas ultrapassaria o tamanho do amor que eu sinto por você.
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Todas as pequenas coisas || jjk + pjm
FanfictionMinha mãe costumava dizer que eu deveria aprender a amar as pequenas coisas da vida. E eu aprendi, Jimin, a amar a beleza de todas as flores e o canto de todos os pássaros. Mas, acima de tudo, eu aprendi te amar. E nem a beleza de todas as pequenas...