Capítulo único-Certa loira

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Corpos suados dançando, bebendo e se pegando. Uma clara descrição de uma festa. Não sei como deixei o Naruto me arrastar para isso.

Ele me obriga a vir e some na entrada, nunca mais confio nele quando ele disser que não vai sumir.

Esbarrando pelos corpos suados, chego até a sacada que tinha no segundo andar. Era como uma área de lazer.

Me encostei na grade e ascendo meu cigarro. Fico minutos não contados fumando e olhando a pouca movimentação da rua escura.

Olhei para trás por segundos, mas lindos olhos verdes capturaram minha vista. Fiquei olhando a loira de corpo esbelto se aproximar me olhando. Ela encostou as costas e os cotovelos na grade e me olhou novamente.

-Tem mais?

A voz rouca e sexy fez meu corpo estremecer. Só de olhar, uma quentura subiu por meu corpo. Demorei alguns segundos para perceber que ela apontava para o cigarro em minha boca. Me endireitei e puxei o maço de cigarro do bolso junto do isqueiro. Dei para ela.

-Obrigada.

Ela acendeu o cigarro e me devolveu o isqueiro. Tentei pensar em algo para puxar assunto, mas nada me veio em mente. Ouço gritos e logo um loiro bêbado aparece na minha frente com um ruivo logo atrás.

‐Shikamaru! Esse é o Gaara, o dono da festa.

Com uma garrafa de sei lá o que na mão e com o braço enroscado no pescoço desse tal Gaara, Naruto para por um segundo e observa a minha companhia que estava calma, parecia estar acostumada com o jeito espalhafatoso do louro.

-Humm, tá de conversinha com a irmã do Gaara, safado! Aproveitem a noite!

Falou, digo, gritou e saiu arrastando o outro que ainda virou o pescoço para me olhar com cara de poucos amigos.

-Então você é o amigo que o Naruto falou que iria trazer para a festa?

Pensei que o clima ficaria estranho após a fala daquele escandaloso, mas ela fingiu que nem ouviu o que ele falou.

-Sim. Que bom que ele avisou. As vezes ele me chama sem falar para ninguém e eu fico como penetra na festa.

Falei coçando a nuca.

-Nunca invadiu uma festa? Tem certeza que já passou pela adolescência?

Engatamos em uma conversa cada vez mais sem sentido. Falamos dos nossos gostos. Do que estudaríamos esse anos na faculdade e descobri que ela é uma veterana. Esse ano ela começaria o terceiro ano de faculdade, mais esse e ano que vem e ela terminava. Ela fazia relações internacionais.

-Você tem cara de fazer computação.

Estávamos a uns cinco minutos com ela tentando adivinhar o que eu vou estudar.

-Não, só mais uma chance.

Eu já estava meio altinho com as garrafas de cervejas que tomamos. Agora estávamos dividindo a última.

-Desisto! Essa era a última coisa que pensei. Você é inteligente, mas preguiçoso para fazer medicina ou administração.

-Posso ser preguiçoso, mas ainda tenho que ajudar meu pai com a empresa da família. Administração.

Sorrio para a loira incrédula em minha frente. Rio da cara dela e recebo um tapa no braço por isso.

-Não sabia que seu pai tem uma empresa. Na verdade, quem é seu pai?

-Quase ninguém sabe mesmo. Ninguém liga meu nome ao dele. Vou assumir a empresa futuramente, mesmo eu não querendo. Meu pai é dono da Nara's tec.

Certa noite, certa festaOnde histórias criam vida. Descubra agora