Any Gabrielly
— Em que mundo paralelo estranho você acha que ir de vestido social para uma sorveteria é sequer uma possibilidade?
— Vai tomar no meio do seu cu, Krystian!
— Eita, que boca suja, estrela. Assim você machuca meu coração!
— Que coração, estrupício? — olhei para o chinês com uma sobrancelha arqueada, achando graça de sua fala.
— Me respeita!
Reviro os olhos, andando até minha cama a passos apressados e jogando com certa brutalidade as peças de roupa que eu antes estava segurando. Peguei dois cabides com dois modelitos diferentes e voltei para onde eu estava antes, encarando meu amigo.
— Dá pra parar de chamar as minhas roupas de trapos velhos e de mal gosto? Me responde de uma vez — levantei os dois cabides, um de cada lado meu corpo, de um modo que o outro tivesse uma boa visão — Qual dos dois eu uso?
Encaro a expressão concentrada do meu amigo através da tela do computador e só consigo revirar os olhos pela demora para escolher um simples look.
— Tem certeza de que só está indo nisso pelo trabalho? — o chinês se aproximou da câmera, rindo de lado — Nunca te vi tão preocupada em se arrumar para encontrar alguém antes. Tem certeza de que não é um encontro?
Arregalei os olhos diante de sua fala. Claro que não! Era o que meu cérebro mandava gritar para Krystian, ao mesmo tempo que meu coração pulava histérico em meu peito segurando uma placa enorme com um Óbvio que não é só pelo trabalho! escrito em letras garrafais. Mas, não falei nem um nem outro, apenas suspirei e respondi baixinho.
— É complicado...
E realmente era.
Desde que eu tive aquela conversa com Noah e depois de eu ter digitado aquela mensagem um tanto impulsiva, nós temos conversado mais do que o normal. E o Bailey não pode nem sonhar que isso está acontecendo. Para o meu chefe, todo o avanço que eu tive na missão "matar o filho do presidente" havia sido coisas banais, como o fato de que ele gostava de ir num fast food que havia perto de sua casa e que ele não estava podendo ir muito lá ultimamente, já que ele estava, praticamente, preso dentro de sua própria casa.
Eu não sabia o motivo daquilo, eu nem sequer tinha perguntado ao cantor porque diabos ele não saía de dentro do próprio quarto há uma semana, afinal, ele não fazia ideia de que eu podia acompanhar seus passos através do GPS em seu aparelho celular. Claro que ele poderia estar perambulando por sua casa sem levar o celular, no entanto algo que ele me disse por mensagem só serviu para me confirmar que ele estava preso dentro de seu quarto.
popstar de olhos verdes: Eu até poderia ir na cozinha pegar um biscoito ou, sei lá, para matar a minha fome, mas eu meio que tô proibido de sair daqui, então...
É óbvio que eu tentei saber mais, mas o garoto mudou de assunto e eu respeitei. Essa não era a primeira vez que Noah ficava preso em casa, sei disso porque me lembro de como foram os primeiros dias vigiando o rastreador de seu aparelho. O que me deixava intrigada era o porquê disso. Quem será que o prendia em casa?
Ontem eu sanei minhas dúvidas, quando recebi outra mensagem dele, dessa vez me surpreendendo.
popstar de olhos verdes: Eu tô cansado do meu pai me sufocando aqui, quer sair pra tomar um sorvete comigo?
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Criminal Love [noany] HIATUS
FanfictionAny Gabrielly, no auge da sua carreira do crime, recebe de seu chefe mais um trabalho como assassina de aluguel: matar o filho perfeito do presidente dos Estados Unidos, Noah Urrea. Caso ela recusasse o trabalho, quem morreria seria sua família. No...