Thays e o Desconhecido

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Ela pegou seu gatinho, pondo-o nos braços saiu de casa fechando a porta atrás de si. O gato ronronava tranquilamente quando com ela. Trajando um vestido preto como a noite mais densa, com uma abertura na lateral que a deixava mais sensual casando isso com o decote em V que trazia aquele traje todo em seda babilônica que dançava ao sabor da brisa a cada passo que ela dava.

O caminho serpenteava por entre a floresta escura e ladeando-o havia árvores esguias, compridas sem muita folhagem. A noite estaria um breu não fosse a luz da lua e as estrelas que cintilavam acima de toda aquela floresta.

A lua brilhava intensa na grande abóbada celeste mesclada com os pequenino pingos de leite que eram as estrelas naquela noite. Thays estava caminhando meio que sem rumo naquele momento apenas para levar seu felino para arejar ares frescos. Saiu da rua que levava à praça central entrando numa trilha que dava para a floresta.

À frente ela ouviu uma música cantada á capela, um violão depois. Quando se aproximou mais a música terminou de ser cantada. Ela ouviu então o crepitar de brasas. Ao longe avistou uma luz na clareira para onde se dirigia. Antes ela estava sem rumo, agora ela queria saber quem estava ali, possivelmente acampando nas terras de sua família.

Os Angels chegaram a pouco na cidade, o senhor Angel comprou aquelas terras meses atrás. Era o que ele chamava de empreendimento para a diversão da família. Então, eles só iam para lá aos finais de semana. A moça que ali andava era a primogênita da linhagem. Um corpo da idade de 28 anos, mas sua vida já contava os oitocentos anos de vida mais os não contados por todos. Ela gostava de viver a vida como ninguém mais o fazia. E suas curiosidades lhe renderam muitas aventuras.

Chegou à clareira e o que viu a impressionou muito. Como aquilo poderia está acontecendo ali? Sua repulsa ao intruso era clara e estava nítida na face e na expressão que fez para aquele aparente matuto.

— O que você faz aqui? — Ela falou e sua voz chegou ao ouvido do moço como uma canção de ninar o que o fez quase adormecer como um entorpecente. Isso é comum nas vozes daqueles que partilham o sangue da família Angel.

— Ora, ora... olá! — O frio vento que assobiava acima das árvores se fez mais forte quando ele ergueu os olhos em direção a ela. Ela é linda e esbelta. Sua face mesmo com a sensação de fúria presente deixava transparecer uma beleza imperiosa.

Seu rosto perfeito o fazia ver que havia muita beleza neste mundo e que ele merecia ser conservado mesmo estando sujo e fétido como uma privada. Seus braços que deixado a mostra nos ombros pelas alças do vestido em decote V o faziam lembrar das estátuas perfeitas de mármore da Grécia Antiga. A perfeição que afluía deles o cativava.

— Apenas curtindo uma fogueira e uma boa música — as palavras vieram da boca dele de modo natural e tranquilo o que não acontecia normalmente com os homens que cruzavam o caminho de Thays. Eles ficavam embevecidos e inebriados com a presença dela. O rico busto que estava suspenso pela naturalidade de sua beleza o fez lembrar dos doces jardins suspensos da Babilônia. Seus seios eram magníficos, o Olimpo não viu tamanha perfeição ainda. E se perguntou como Zeus não a tinha visto nem a tomado para si ainda.

— Não sabia que estávamos abertos a visitação!? — O gato no colo dela não expressou nenhuma reação até ele tê-lo chamado brincando com o bichano. O que a espantou, pois nunca aquele bichano foi para o colo de outra pessoa que não fosse o dela.

— Bom garoto — alisava o gato que ronronava se esticando para que uma maior parte do seu corpo fosse tocada pelo rapaz ali em frente à fogueira. — Eu não gosto de gatos! — Ele disse a ela com franqueza.

— Como? — Ela se escandalizou com a afirmação dele.

— Mas essa aqui é diferente.

— Esse. É ele, não ela.

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⏰ Última atualização: Sep 14, 2020 ⏰

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Thays - Desejo InsaciávelOnde histórias criam vida. Descubra agora