Capítulo 1

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Notas Iniciais 

One curtinha, pois senti saudades do anime. 

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Depois do sexo. Quando se tornava inevitável sucumbir à exaustão, dedos alheios sempre deslizavam por sua pele. Era como se Haruki quisesse, a partir do tato, memorizar cada detalhe de seu corpo nu. A delicadeza, o cuidado e a quentura do toque, faziam-no esquecer-se de tudo ao redor. Sem usar palavra alguma o companheiro lhe dizia (ao tocá-lo) que o futuro se colocava diante deles, como uma partitura e que ambos eram os compositores responsáveis pela obra.

Houve um tempo que Kaji não sabia que o amava. Foi preciso quase perdê-lo para descobrir que o que sentia por Haruki era de fato amor. Sim, amor. Amava Nakayama Haruki. Com toda sua alma, de todo seu coração e com todas as suas forças. Como desejaria não tê-lo feito chorar um dia sequer em suas vidas. Se pudesse voltaria no tempo, no entanto, isso não estava a seu alcance. Restava a si o aprendizado e amadurecimento que seus erros lhe proporcionaram.

− Um iene por seus pensamentos. − A fala suave veio acompanhada de um riso gostoso e um dedilhar suave em seu peito − Eu sei que está acordado, Aki. – O baixista ergueu o rosto para encará-lo.

Akihiko Kaji segurou com delicadeza a canhota que lhe tocava e trouxe-a até os lábios. No anelar esquerdo a semijoia que demonstrava a decisão mais acertada que já tomou em toda sua vida. O baterista sorriu ao lembrar-se do surto que o esposo teve, no dia em fez o pedido e colocou a caixinha das alianças em sua destra.

− Estou pensando no quanto sou um homem de sorte.

Akihiko deixou um beijo sobre a aliança. Estava sendo sincero ao fazer a afirmação. Sentia-se o homem mais sortudo do universo. Seu marido era apaixonante em todos os sentidos e de todas as formas imagináveis.

E tímido também...

Um homem de sorte, é? Haruki perguntou baixinho, e mesmo com a baixa iluminação do quarto Akihiko sabia que seu rosto estava vermelho.

− Sim... − O baterista fez um movimento brusco e virou-se sobre o corpo do marido, beijando-o de maneira lenta e apaixonada. Aprendeu ao longo dos seis anos de relacionamento que palavras não eram suficientes para conquistar seu companheiro. Elas precisavam vir acompanhada de atitudes sinceras e gestos concretos. − De muita sorte.


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Notas finais

Espero que tenham gostado. 

Outono e Primavera ( Given)Onde histórias criam vida. Descubra agora