wanna be yours.

chapter one, introducion.

Jeno caminhava as margens da praia que mais visitava em sua cidade, qual era deveras encantadora, tanto pela visão da água cristalina que descia tranquilamente até a linha do horizonte, quanto pelos sons da natureza variados entre aves cantando pelo céu alaranjado e ao rio sendo arrastado até se debruçar na areia esbranquiçada. Apesar de tão bonita, era pouco frequentada, e além do mais, não havera ninguém pelo horário tardio, onde Jeno poderia se despreocupar um pouco do "mundo" e suas complexidades. Se sentou no murinho que beirava o local e por lá permaneceu por um tempo. Estava totalmente distraído com os belos instrumentais tocados em seus fones de ouvido até o momento que fora interrompido por seu próprio susto. Havia sentido algo repentinamente tocar suas costas. Quando virou-se para ver o que era, se deparou com um pequeno gatinho que possuía grandes e brilhantes orbes cor-de-mel e pelos predominados pelas cores preta, branca e laranja.
- Nemo! - Ao reconhecê-lo, não hesitou em o pegar no colo e afagar sua cabeça.
Lembrou que havia trazido alguns petiscos consigo caso o encontrasse no caminho, não tardando em lhe dar. No entanto, o gatinho estranhamente recusou a comida tão apetitosa, aos olhos de qualquer outro gato, o que teria o surpreendido.
- Tudo bem, o gosto é seu. - ditou. - Em casa faço alguma coisa 'pra gente, então.
Ficaram mais um tempo ali em meio a carícias e boiolagem antes de se dirigirem para o apartamento do humano.

Chegando à entrada do alojamento, escondera agilmente Nemo em sua mochila, deixando uma brechinha para permitir que o felino respirasse. Abriu a porta o suficiente para ver se sua mãe estava ou não no local, e para sua felicidade, a resposta era não.
- Pronto, pode sair. - Tirou o pequeno de sua bolsa e o pôs no chão, lhe dando liberdade total para andar pela casa já conhecida por si.
Era assim a rotina de "criar" um gato escondido da mãe que tinha alergia ao seu pelo. Não era atoa que a casa era sempre tão limpa.

Cozinhava uma parte da carne recém-comprada de maneira que Nemo pudesse comer e outra iria a fritura para ele.
E foi no tapetinho da sala que desfrutaram todo aquele banquete em uma cena adorável. Quando terminaram, o gato se esfregou na perna de Jeno, que não demorou para entender o recado.
- Mas você já vai..? Poxa... Tudo bem, contanto que volte em breve. - Pegou o pequeno em seu colo enchendo sua testa de beijinhos e um breve afago. - Tchau, Nemo. - Falou antes de abrir a porta e deixá-lo ir com um curto sorriso no rosto.
O pequeno rapidamente saiu do prédio em que estava e pulou de telhado em telhado até chegasse em um específico. No local, se enfiou por uma janela entreaberta, se deparando com um grande e acomodável quarto.
- Lar doce lar.
Um garoto com cabelos castanhos caira sobre a cama rindo bobo com seus finos dedos acariciando sua testa, onde aparentemente, Lee Jeno havia lhe dado selares consecutivos.