Ciúmes

164 7 4
                                    


"Brie?"

Chamei, deixando que a porta se fechasse suavemente atrás de mim. A sala estava escura, a luz que vinha da televisão ligada ajudava a não ficar totalmente breu. Pendurando meu casaco no cabideiro ao lado da porta, dei alguns passos mais ao meio da sala parando de frente a televisão. Desliguei o grande aparelho que gastava energia a toa, adicionado mais contas no final do mês e olhei para o sofá achando que a veria ali.

"Brie, estou em casa!" Anunciei mais uma vez.

Dei alguns passos indo para as escadas que levariam ao nosso quarto e quando meu pé fez contato com o primeiro degrau ouço sua voz vindo a distância. Mas do jardim no fundo da nossa casa.

"Ei querida, o que você está fazendo?" Foi uma pergunta um pouco tola já que eu estava vendo ela manusear uma tesoura de jardinagem para cortar os caules das roseiras, as mesmas que a uma semana atrás plantamos juntas para trazer mais espécies de flores ao jardim. Algumas das rosas já estavam morrendo outras iniciando seu florescimento, essas Brie poupou.

"Você demorou." Foi uma afirmação. E em nenhum momento ela me olhou, muito concentrada no que estava fazendo.

"Sim. Eu queria resolver um problema de um cliente ainda hoje e acabei ultrapassando o horário. Teria demorado mais se Jada não tivesse lá para me ajudar."

Notei quando sua postura tensionou, eu podia ver como ela segurou a tesoura com mais força até as juntas dos dedos ficarem brancas e sua mandíbula cerrar que qualquer pessoa veria os músculos trabalharem.

"Muita consideração da parte dela, por favor me lembre de agradecê-la da próxima vez que eu a ver."

E com isso ela se pos de pé e passou por mim arrancando freneticamente o avental que usava. Fiquei ali parada em choque com a atitude demonstrada, sem entender o que a tinha levado a esse nivel de irritação. Saindo do meu torpor depois de alguns minutos sigo o mesmo caminho de volta para dentro da casa, fechando a porta de correr que dava ao jardim. Segundos depois de subir as escadas entro em nosso quarto e procuro Brie, então ouço o barulho de água vindo do banheiro. Enquanto isso tiro toda a roupa e solto meu cabelo deixando cair livre em cascatas negras até o meio das costas e com um grande sorriso nós lábios vou em direção ao banheiro.

Brie estava de costas para a porta e lavava o sabão dos cabelos loiros. Ela era alguns centímetros mais baixa que eu, mas sua constituição pequena fazia jus ao seu corpo perfeito com músculos nos lugares certos, mantendo sua feminilidade. Senti o desejo crescer ao observa-la lavar cada centímetros de pele branca.

"Você vai ficar parada aí a noite toda?" Sua voz tinha uma certa provocação. Com três passos me ponho atrás do seu corpo passando os braços ao redor da cintura, meus seios pressionando sua costa.

"Senti sua falta." Sussurrei em sua orelha, mordiscando a carne macia.

Brie se virou dentro do meu abraço ficando de frente, seu olhar estava intenso quando ela ergueu os olhos para me olhar, uma torrente de determinação em sua superfície verde. Ela ergueu a mão até minha mandíbula e segurou meu queixo com um toque firme, nunca tirando os olhos de mim.

"Quero que você me prove que sentiu minha falta." Seu polegar acaricia meu lábio inferior. "Que não vai me trocar por mais ninguém porque sou a única mulher da sua vida."

"Brie..."

"Me mostra, porra!" Seus olhos se tornaram chamas.

Dei a ela o que ela queria. Esmaguei minha boca na sua e ela logo abriu passagem para minha língua sondadora. Sua mão abriu caminho por entre meu cabelo molhado empurrando meu rosto mais forte contra o dela. Mas de repente ela me empurrou para trás, nossos lábios se separando com um estalo. Estávamos ofegantes.

Relação MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora