Chenle estava entediado 'pra caralho. Estava na casa de seu namorado, Park Jisung, mas este não estava dando um pingo sequer de atenção para si. O coreano estava entretido em seu jogo, Call Of Duty, enquanto reclamava em ligação com um amigo do casal sobre o outro jogo que gostava estar dando problema. Estavam a manhã inteira nisso; Chenle pedia por atenção, Jisung dizia que já iria acabar e mais algumas horas de passavam sem retorno algum.
— Que saco, o Hyuck já tentou de tudo e mesmo assim a minha conta no PUBG não entra! Me diga, amor, como vou viver sem o meu amado joguinho? — Dramatizou assim que acabou a partida do jogo citado anteriormente.
— Você não pode simplesmente criar uma conta nova? — Revirou os olhos, atirando-se na cama do mais novo.
— Claro que posso, mas meu nível naquela conta já estava altíssimo! Eu já estava com as melhores skins, até tinha duas raras e havia acabado de chegar na categoria 'Craque' também! — Bufou.
— Fazer o que, né. Se quiser jogar, vai ter que fazer desde o início. — O garoto desfiava alguns pedacinhos do esmalte preto que haviam saído de sua unha.
— Você não poderia estar se importando menos com isso, não é, hyung? — Resmungou.
— Ah, Jisung, você sabe que tudo que é importante pra você acaba sendo pra mim também. Mas, qual é, eu estou aqui o dia inteiro e você só está jogando e fazendo ligações com o Donghyuck para falar sobre os seus jogos! — Bufou. — Já são quatro horas da tarde, você sabe que eu preciso ir embora cedo e aí não vamos mais nos ver.
— Amor, você vai ir embora às oito da noite e nós vamos nos ver amanhã cedo na escola. E depois disso você ainda vai vir aqui em casa de novo, aliás! — Rebateu.
— Não sei se vou vir, estou aqui desde cedo e até agora o único beijinho que ganhei foi um mixuruca de "bom dia" na escola! — Virou-se para a parede.
— Oh, meu deus, como é um bebê dramático e magoadinho! — Riu e aproximou-se do outro, deitando atrás de si de um jeito que formaram uma conchinha.
— Nem vem, Park, estou profundamente triste e desolado. — Dramatizou.
— Me desculpe, meu pitico. Eu sei que deveria ter te dado mais atenção, mas é que fiquei realmente triste e preocupado por mais que seja só um jogo bobo. — Fez bico.
O Zhong soltou-se dos braços alheios e foi se virando para o namorado aos pouquinhos, sentindo vontade de encher aquele biquinho fofo de beijos. Controlou-se, já que queria que o Park é que tomasse a iniciativa de beijá-lo primeiro.
— Nah, não é um jogo bobo. Eu entendo, lembra de como eu fiquei quando a minha conta foi suspensa do Twitter? — Riu.
— Como eu iria esquecer? Você chorou de soluçar! — Riu junto.
— Respeita a minha dor também, tá? Eu tinha muitos mutuals e amigos de timeline que eu não saberia encontrar de novo, já que não tinha decorado o user! — Emburrou-se mas logo riu novamente. — Inclusive, até hoje não achei a menina que usava um icon de arco-íris da Seulgi. Ela era uma mutual tão legal, a gente interagia muito!
— Talvez você tenha encontrado e só não reconheceu, afinal, você já tem seis mil seguidores nessa conta nova então já recuperou a maioria que tinha na antiga. — Pareceu pensativo.
— É, talvez. Mas não esqueci o fato de que você não me deu atenção hoje! — Virou-se para a parede de novo.
— Ah, para, Lele! Você sabe que eu te amo com todo o meu cérebro, vira aqui pra mim! — Apertou a cintura do mais velho.
— Eu já disse que falar "te amo com todo o meu cérebro" não é nada romântico, senhor Park. — Resmungou.
— Mas falar "com todo o meu coração" não é nada lógico, senhor Zhong! — Virou o outro para si, beijando seu pescoço.
— Agora você quer me beijar, é? Pois fique sabendo que eu não quero! — Estava apenas fazendo doce, óbvio que queria.
— Pare com isso, me dá um beijinho, sim? —Falou rente ao ouvido do outro, sabia que sua voz grossa tão de pertinho assim tinha um grande efeito no chinês.
E, bem, Jisung estava realmente certo. O outro nunca conseguia resistir ao namorado por muito tempo e, por mais que tentasse se fazer de difícil, sempre se derretia perante aos encantos do outro no final. Juntaram suas bocas em um beijo lento e torturante aos olhos do mais velho, que estava claramente necessitado de uma atenção maior depois de tanto demorar para conseguir um selar. As mãos grandes do Park passeavam livremente pelo pequeno corpo já conhecido por si, amava sentir a pele do garoto se arrepiando conforme o toque de seus dedos.
Estavam terminando o beijo quando ouviram uma voz conhecida por ambos gritar algo, parecendo estar longe pelo tom que saíra baixo. Foi então que o Park lembrou-se do amigo esquecido com o qual estava falando minutos atrás.
— Droga, esqueci de desligar a chamada com o Donghyuck! — O coreano levantou-se correndo, colocando seu fone gamer e rindo ao ouvir o Lee reclamar sobre a melosa discussão que presenciou.
— Você poderia ter desligado quando começamos a nos beijar! Estava esperando o quê, seu pervertido?! — O Park parecia indignado, mas estava segurando o riso enquanto o amigo tentava explicar-se.
Segundos depois, a chamada foi encerrada e o garoto voltou para a cama ao lado de seu amado.
— Digamos que um certo Donghyuck ficou ouvindo nossos barulhos de beijos e acabou se traumatizando. Segundo ele, não desligou a chamada porque seu celular travou! — Riu.
— Bem, agora que ele desligou, talvez eu possa ganhar mais uns beijinhos desses, hm? — Chenle subiu por cima do namorado, colocando o rosto em seu pescoço.
— Na verdade, eu preciso tentar entrar na minha conta do Call of Duty, o Haechan disse que parece ter dado problema nela também... — Sorriu sem graça.
Chenle apenas respirou fundo e saiu de cima do outro, acabando por se entregar ao riso logo depois.
— Park Jisung, você é definitivamente a pessoa mais azarada com contas de jogos que eu conheço!
Fim.
A história da conta do twitter perdida é real, viu? Inclusive, se você estiver lendo isso moça do icon de arco-íris da seulgi, saiba que eu gostava muito de você! 😳
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Account and Attention.
FanfictionChenle queria ganhar um pouquinho de atenção do seu namorado, enquanto Jisung apenas queria recuperar a sua conta perdida no seu joguinho favorito. chenle + jisung | +18 pelo uso de palavrões.