Seis meses se passaram e a minha amizade com o Mathew e a Esther foi ficando cada vez mais forte. As aulas de reforço de química estavam indo super bem e aconteciam na casa da Esther, já que era um lugar calmo, silencioso e confiável. Eu estava recebendo pelas aulas mesmo sendo totalmente contra, mas o dinheiro estava me ajudando muito a comprar algumas coisas para mim e me manter melhor. Eu me sentia bem junto com eles, sentia que podia confiar neles e que eles também confiavam em mim. E uma novidade que quase ia esquecendo de dizer, foi que deixei de usar óculos porque o meu grau diminuiu e voltou a zero.
Naquele dia eu acordei cedo, tomei banho, me arrumei e fui para fora do orfanato esperar o Mathew. Alguns minutos depois ele chegou, buzinou e eu fui até o carro. Entrei, coloquei o cinto e falei:
— Bom dia, Math.
Ele sorriu e falou:
— Bom dia. Dormiu bem?
O olhei e falei:
— Sim. E você?
Ele começou a dirigir, sorriu e falou:
— Dormi muito bem.
Sorri e falei:
— Por que está com esse sorrisinho besta?
Ele me olhou pelo retrovisor e falou:
— É que eu não dormi sozinho e digamos que a noite foi muito boa.
Suspirei e falei:
— Ah sim, agora está explicado.
Rimos e ele falou:
— Hoje tenho prova, me deseje sorte
Sorri de canto e falei:
— Você estudou, então não precisa de sorte, você é capaz.
Ele sorriu e falou:
— Obrigado por levantar meu astral.
Afirmei com a cabeça, ele estacionou, saímos e cada um seguiu seu caminho.
»❋«
Depois da aula fomos para a casa da Esther como de costume. Ao chegarmos lá, ela veio em nossa direção animada e falou:
— Que bom que vocês chegaram.
A olhei e falei:
— Está tudo bem?
Sentamos no sofá e ela falou:
— Está sim, tenho uma coisa para falar com vocês. Na verdade, uma proposta.
Ele a olhou e falou:
— Que coisa?
Ela nos olhou e falou:
— Bem... Já se passaram alguns meses que criamos uma forte amizade, nós nos damos muito bem, nós nos apoiamos, somos parceiros em tudo. E eu gostaria de saber se vocês gostariam de vir morar comigo, a casa é minha e não pago aluguel, tem três quartos livres e que cada um poderia ter o seu e vocês só precisariam ajudar com a alimentação. Você ficaria livre do meu tio e suas escrotices e você teria um verdadeiro lar para morar, cercado de amor, amizade e confiança. O que vocês acham?
Eu confesso que fiquei surpreso com o convite e também muito alegre. Acho que morar com os meus melhores amigos poderia ser muito bom, eu poderia me dedicar ainda mais em arrumar um emprego e não me sentiria tão só. A ideia de ter um canto só para mim parecia ótima, ter privacidade é algo muito bom.
Sorri e falei:
— Eu acho que seria muito bom morar com vocês, eu aceito o convite.
Ele sorriu e falou:
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O amor é um conto de falhas.
Художественная прозаJoseph é um jovem órfão de 24 anos, que luta para conseguir uma vida melhor e realizar os seus sonhos. Ele enfrenta muitos preconceitos e dificuldades por ser soropositivo e ele tem uma vida solitária, até encontrar dois amigos fiéis e verdadeiros...