Fenômenos Paranormais

Dia III

*Câmera da Manu ligada*

Manu estava deitada na cama, ao lado da garota poderia se ver Gizelly virada para o outro lado, a câmera estava abaixo do seu umbigo.

- Eu ainda não sei explicar o que anda acontecendo aqui. Ontem foi horrível, alias, desde que a gente chegou aqui está sendo horrível. - Deu um longo suspiro fechando os olhos. - A Gi pegou no sono não tem uma hora, Matheus desmaiou do nada lá embaixo e ainda não acordou. - Abriu os olhos fitando o teto. - Ele deve ter visto alguma coisa, porque eu vi que ele tinha olhado algo atrás da gente e do nada ele caiu. Não sei o que ele viu mas não tenho a mínima vontade de saber... - Olhou para a amiga adormecida ao seu lado e virou se levantando. Deixou a câmera encima da cama e saiu do foco.

-  Aquele gato apareceu de novo e tá ali dormindo com a Gi. - Pegou a câmera novamente e focou no gato todo recolhido nos pés da outra. Depois virou a câmera para si e se dirigiu para a porta, saindo do quarto. - Acho que vou comer alguma coisa lá no quintal, aquele é o lugar mais normal desse inferno. - Deu um pequeno sorriso para a câmera e desligou.

*Câmera da Manu desligada*

Manu andou pelo lugar até chegar nas portas do quintal, andou mais um pouco e se sentou no mesmo banquinho do dia anterior. Tomava com toda tranquilidade seu café, queria pelo menos ali, se sentir bem, em paz. Depois de vários minutos pensando em mil coisas, se lembrou da garota estranha que encontrou nesse mesmo lugar.

- De onde você apareceu Bianca? - Aqueles pensamentos estavam a infernizando desde o encontro que teve com a garota.

- Chamou?

- JESUS CRISTO, MARIA JOSE. - Com o susto, voou café para todo lado. - PORRA, VOCÊ TEM QUE PARAR DE BROTAR DO INFERNO! - Manu tentava se limpar com o que podia o café em sua roupa.

- Desculpa! Eu tava pegando flores. - Se hesitou um pouco mas acabou se sentando ao lado de Manu. - Oi, Manu né? Quer uma? - Bianca ofereceu uma rosa avermelhada para a outra, que pegou de bom agrado.

- Obrigada! E Sim, me chamo Manu. - A mais baixa deu um pequeno sorriso e levou a rosa ao nariz. - Desde que cheguei aqui, não prestei atenção nessas rosas. Mas como tu apareceu aqui do nada? Que eu saiba depois desses arbustros tem apenas um muro.

- Bom... Eu sempre ando por aqui, me faz sentir mais viva. - Olhou para o céu e deu um longo suspiro cansado.

- É muito lindo aqui mesmo, me trás uma sensação boa também. - Manu olhou para Bianca e reparou em uma mancha roxa em seu rosto, abaixo de seu olho esquerdo.

- Ah, isso? - Tocou em seu rosto, abaixo de seu olho. - Meus superiores são um pouco cruéis. - Deus de ombros como se aquilo não fosse muita coisa.

- Seus superiores te fizeram isso? Meu Deus! E você age desse jeito?

- É que ontem... Eu me neguei fazer uma coisa que eu achei errada, então eles fizeram isso. - Bianca olhou para suas mãos entre seus joelhos, seu semblante parecia triste.

- Como assim? Você apanhou porque não queria fazer algo para eles? Bianca, você não pode deixar eles te tratarem desse jeito, meu Deus! - Manu a olhava com espanto.

- Eu mereço sim, acredite!

- Não merece mesmo, posso te dar um abraço? - Manu pediu com um ato de tentar ajudar a garota de alguma forma.

- Pode sim! - Manu abraçou a garota mas se sentia estranha, ela não conseguia sentir Bianca, apenas uma corrente fria passava entre os seus braços. O abraço foi desfeito e Manu não entendia o que tinha acabado de acontecer mas apenas focou na garota a sua frente lhe dando um belo de um sorriso de agradecimento. - Obrigada por isso, faz muito tempo que ninguém me abraçava, lembro que o Erick sempre me abraçava assim...