Capítulo 11

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Cercados por zumbis de todos os lados, recuávamos lentamente em busca de uma saída daquele lugar. O misto de desespero e medo fazia minhas pernas tremerem. Estávamos ficando sem tempo e espaço para nos defendermos. Droga, vamos mesmo morrer assim desse jeito? Depois de tudo que passamos? eu me recuso a morrer assim.

— Mas que merda. — Vociferei.

— O que vamos fazer? — Ana perguntava entre lagrimas.

Jorge tentava arrombar a porta de uma das casas próximas, porem sem sucesso. Das outras casas, apenas mais criaturas saiam. Recuávamos cada vez mais até que notei que um carro virado na frente da casa do fim da rua bloqueava a entrada daquele lugar que poderia ser nossa única salvação. Precisávamos de tempo para tirar aquele carro da frente. Eu não tinha escolha, tinha que usa-la.

O barulho do tiro ecoou no ar, o estrondo chamou a atenção de todos. O primeiro dos zumbis caiu no chão com um furo em sua testa do qual escorria um liquido escuro que não parecia mais ser sangue. Os outros avançavam o pisoteando como se nada tivesse acontecido.

— Removam o carro da entrada, eu vou segurar eles. — Eu gritei.

— Lukas, me ajuda aqui. — Os dois empurravam com toda força tentando abrir caminho.

— Rápido! Eles estão chegando. — Gritei.

— Essa merda não quer sair da frente é muito pesado. — Jorge gritava.

— Tem algo prendendo ele, eu vou remover. — Ana falou com sua voz trêmula.

— AAAAAAHHH! — O grito de Ana me fez virar rapidamente.

Uma criatura a tinha pego. Ana se encontrava caída enquanto aquele monstro a puxava pela perna. A face asquerosa daquela mulher zumbificada que tinha sido esmagada pelo carro agora exibia seus dentes ensanguentados enquanto tentava devorar Ana. Rapidamente mirei na cabeça e atirei fazendo que pedaços de seu cérebro e ossos voassem pelo chão daquele lugar. Aos poucos a criatura perdeu as forças e soltou Ana.

— Você está bem? — Perguntei enquanto a ajudava a se levantar.

— Si-im! — Ela respondeu gaguejando.

Removemos o corpo que impedia o carro de sair, ou pelo menos parte dele. As entranhas e e órgãos, além do sangue se espalhavam pela rua. Os primeiros zumbis nos alcançaram, eram muitos deles. A garota de antes tentava me ajudar, os derrubava com golpes desferidos com a ajuda da barra de metal que encontrara no caminho. Ela ainda demostrava estar muito assustada, mas por puro instinto de sobrevivência lutava por sua vida. Recarreguei a arma e disparei mais algumas vezes até que Jorge e Lukas gritaram:

— Vamos, entrem depressa.!

— Vai na frente. — Falei para a garota. Ela correu rapidamente.

— VEM LOGO NICHOLAS! — Ana gritou desesperada.

— Já estou indo.

Derrubei mais cinco deles, já estava ficando se munição denovo. Entrei rapidamente e fechamos o portão pesado de metal. Lukas colocou uma escada na frente e eu corri para ajudar Jorge com um armário com objetos de jardinagem, jogamos tudo no chão e a levamos para bloquear o portão. As batidas violentas da horda de zumbis estremecia todo o portão. Não sei se isso vai resistir por muito tempo, mas pegamos tudo que tinha pela frente e bloqueamos a entrada, parecia um pouco mais seguro.

— Todos estão bem? — Perguntei.

— Depende do que você define por estar bem. — Lukas exausto e sentado no chão falava.

— Grande ideia voltar pra cidade, quase fomos mortos. — Jorge expressava fúria em seu rosto.

— Estamos bem, mas e agora? — Ana perguntava.

O Dia Z: O Prelúdio Do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora