capítulo único 🌱

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Hoje. Hoje seria o dia que Han Jisung iria finalmente se declarar para Lee Minho, seu melhor amigo de infância.

O mesmo estava nervoso, obviamente, já que não fazia ideia de como o amigo iria reagir. Seu maior medo era perder a amizade de anos, mas ele não conseguia mais guardar aquele sentimento dentro de si.

Andava de um lado para o outro em seu quarto pensando em alguma maneira de se declarar. Dizia apenas que estava apaixonado por ele? Não, não, Jisung é tímido demais para isso. Recomendava alguma música que expressa tudo que sentia pelo amigo? Não, também não, conhecia Minho o suficiente pra saber que o mesmo era lerdo o bastante para não entender uma indireta.

E se escrevesse uma carta? Só precisaria entregar e não ter um colapso nervoso na frente do Lee, era até melhor do que falar tudo pessoalmente e ser embolar no meio da frase.

O garoto então parou de andar em círculos, pegou seu celular e seus fones de ouvido e colocou alguma música no aleatório de sua playlist indo até sua escrivaninha, se sentou, pegou uma caneta qualquer do seu estojo e fez questão de usar o papel mais bonitinho que tinha.

Respirou fundo e começou a escrever tudo que estava preso em seu coração apenas naquela folha de papel.

[...]

Parece que Minho soube o momento exato para mandar mensagem naquele dia.

Só poderia ser o destino dizendo: "Vai que é tua!" ou apenas o preparando para a rejeição mais rápido.

Depois de Jisung ter escrito mais de vinte linhas de declaração, Minho lhe mandou mensagem o convidando para passar o dia na sua casa.

Colocou a cartinha dentro de um envelope que o próprio fez antes de responder a mensagem com um: "Chego aí em quinze minutos." Se levantou, pegou o primeiro moletom do seu guarda roupa e saiu.

[...]

Depois de alguns minutos de caminhada, Jisung chegou na casa de seu amigo avistando o mesmo na porta.

─ Hannie! Eu estava com saudades! ─ O Lee praticamente pulou pra abraçar o Han com força. ─ Estava com saudades dessas suas bochechas de esquilinho também! ─ Apertou as bochechas de Jisung com força e um sorriso enorme no rosto.

─ Lino, nós nos virmos ontem e para de apertar! Isso dói! ─ Falou com dificuldade por conta das duas mãos em suas bochechas.

Minho parou de apertar e fez biquinho.

─ Você nem disse que estava com saudades de mim também! ─ Falou com a voz manhosa.

Se Minho soubesse o quanto que aquilo mexia com o garoto em sua frente...

─ Eu não preciso dizer o óbvio, né.

─ Estava com saudades de mim então?

─ Não. Estava com saudades das comidas gostosas que sua mãe faz para mim.

A cara de felicidade de Minho se transformou numa cara de desgosto e o mais novo só conseguiu rir da reação do amigo.

─ Haha! Como você é engraçado, Han Jisung. ─ Fingiu risada. ─ 'Bora entrar que você já está enchendo minha paciência.

Minho bagunçou os cabelos de Jisung e o levou até dentro de casa.

[...]

Ambos os amigos passaram horas e horas conversando em cima da casa do Lee, um lugar que já se tornou um cantinho particular somente dos dois onde passavam todos os dias o dia todo.

─ Um dia desses eu fui convidar o Hyunjin pra vim na minha casa jogar videogame, como um ótimo amigo que eu sou, e aquele comilão comeu quase o estoque inteiro de comida do mês e ainda levou meu Mario Kart pra casa dele, 'cê acredita?! Nunca mais convido ninguém além de você pra minha casa!

confession; minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora