Pobreza

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Fora o peito na faca

Que fora te dera

Um umbigo que dilacera

E uma cela que te fecha

Foi a ida engolida

Comendo o enfermo

Da farpa polida

Que te contraiu a dor

Moída com rumor

De um amor sem odor

Um olor que te escapa

E os sentidos maltratam

Pobre desajustado

Um sentido que falta

E te falta a ganância

De toda intolerância

Esbanjar essa insana comilança

Para fazer caber

Os títulos de ser

O fator do poder

Era a garganta feita a nó

Que te deixara como pó

Fora a ausência mentirosa

Fora da sua presença amistosa

Incompetência

Seu pobre sofrido

Melancolia - O que tece o turno de sintoma ao taciturnoOnde histórias criam vida. Descubra agora