- Aspen? Aspen? - Gritei correndo pelos corredores daquela casa.- Eu estou aqui! - Ele gritou e então apareceu no corredor, corro até o mesmo, pulando em seu colo.
- Cheguei! - Ouvi a voz de Alexia, juntamente com uma menininha.
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- Acorda Alissa! - Melanie me balançava na cama.
- Acordei, estou acordada. - Disse esfregando os olhos. - O que foi? - Resmunguei ainda com sono.
- O Harry, ele captou a mensagem! - Ela sussurrou.
- C-como você sabe? - Sento na cama, imediatamente. - Muito lerdo mesmo, depois de uma semana do casamento.
- Homens.. - Melanie suspira. - Ele e um grupo de amigos, que fazem uns assaltos e tudo mais. Estão de procurando desde o dia que chegou aqui. Conforme Jane diz, Caroline que persistiu na busca, porque ele...
- O que foi? - Vejo seu olhar recair.
- Ele desistiu de te procurar, está em lua de mel com a Alexia. - Eu esperava por isso, a vida havia de seguir seu curso.
- Tudo bem, a gente não tinha nada pra ficar... Juntos, afinal, era apenas sexo. - Dou de ombros, pressionando meus lábios.
- Nunca é apenas sexo e disso eu sei bem... Acaba sendo mais. - Ela suspira. - Vamos tomar café da manhã?
- Vou só tomar um banho, me espera lá. - Me levantei, indo ao cubículo onde havia um chuveiro. Aquele banho foi o mais demorado que já tomei, com a função de fazer algo que eu não fui capaz de fazer, tirar Aspen de dentro de mim. Visto um vestidinho rodado, com meu chinelo, penteio meu cabelo o deixando secar sozinho.
- Olha quem apareceu.- Shelly caminha até mim.
- Bom dia. - Sorri fraco, indo pegar café da manhã.
- Não precisa pegar ai, mandaram fazer um café especial. - Ela disse me levando até a mesa onde, Lucy e Melanie comiam.
- Oi bela adormecida. - Lucy disse, sorrindo.
- Bom dia Lucy. - Ri baixo a olhando. - Bom dia Mel.
- Bom dia coisa bonita. - Diz a de cabelos vermelhos.
- Não sei se aguento ficar aqui por tanto tempo... - Sussurrei. - Não que eu queira voltar ao... Isso não vem ao caso. Mas, não tem nada a fazer aqui. - Dou de ombros.
- Sinto, que você não vá sair tão cedo. - Lucy me conforta. - Mas, pelo lado bom, aqui ninguém vai descobrir quem você é de verdade e tentar te matar.
- Tanta coisa na cabeça que esqueci que quase fui morta na delegacia, o que realmente era de assustar. Era como se eu tivesse que lutar pela vida. - Comentei olhando nos olhos delas.
- Aquela mulher é muito baixa, não se sinta mal por não fazer parte daquilo. Sua vida está bem melhor aqui. - Lucy falou. Vejo Shelly se aproximando, com uma bandeja.
- Aqui está! - Ela coloca sobre a mesa frutas vermelhas com iogurte e panquecas com caramelo e manteiga, o mesmo café que minha mãe fazia para mim. Havia um bilhete, o que me paralisou, pego o papel e abro rapidamente.
"Mia pequena, como eu te chamava. Mandei fazer este café para dizer que estou voltando para te ver. Não te preocupes mais, a mamãe está aqui, bem perto. Com amor, sua Grace."
- Ai meu Deus! - Melanie disse. - É da sua mãe?
- Sim - Concordei, sorrindo, meus olhos estavam marejados.
- Grace? - Lucy parecia assustar.
- Sim Lucy, Grace está vindo. - Dei risada mostrando o bilhete para a mesma.
- Ahh, meu coração. - Ela diz colocando a mão no peito, com um sorriso radiante.
- Meninas - Jessy aparece, com seu batom vermelho diário. - Na minha sala. - Encaro Melanie e a mesma me olha do mesmo jeito. Caminhamos até lá, estava meio assustada, com medo de algo ter acontecido.
- Algum problema Jessy? - Lucy é a primeira a se pronunciar.
- Muitas descobertas, muitas. - Digo. - Os planos de Grace, tem estreitado eles cada vez mais. Porém, temos uma suspeita de algo bem forte.
- Tipo? - Perguntei.
- Tipo, que você esteja certa sobre Anna. Há um registro muito antigo que diz, que Liz não pode ter filhos. - Arregalei os olhos.
- Eu sabia. - Sorri de canto.
- Ela se parece muito com você, no casamento era quase evidente. - Melanie disse.
- Mas, isso não significa que ela é filha da sua mãe. E achamos que o filho, também está envolvido com a história de Grace. - Isso não podia ser verdade, não, não, não. Harry...Harry parecia tão desligado dessa história quando me disse naquela manhã.
- Como? Claro que não ele nem ligava para...
"Agora, não é hora de falar do passado, Alexia."
"Mas, o que foi que fez para essa mulher que roubou sua mãe?"
Era um vídeo de uma câmera escondida por Lucy, estavam Harry e Alexia juntos. Ele estava lindo, se por um momento não fosse verdade, choraria aqui na frente de todas elas.
"Eu mandei meu pessoal matar ela de uma vez, não aguentava mais ficar ouvindo minha mãe dizer dela. Por pouco, eu a matei."
- Chega! - Disse me levantando. - A gente precisa acabar com esses desgraçados. AGORA. - Bati na mesa me levantando, sentia como se todo o sentimento por ele... Ao ouvir aquelas palavras, tivesse se convertido em raiva. Eu queria gritar, gritar até minha garganta queimar. Instantaneamente retorno ao dia do Brunch, onde ele mandou matar George, como eu estava sentindo algo por alguém que odeia os meus e só pensa em mata-los, sem alguma piedade que duvido, que um dia... Foi capaz de ter.
- Alissa...
- Agora não, Shelly por favor. - Digo ainda calma, não queria acabar sendo grossa com ela.
- Fica calma, por favor. - Disse ela.
- Não, eu preciso sair daqui, agora! Eu preciso esganar aquele... Aquele... Eu preciso. - Olhei nos olhos dela, já sentindo minhas lágrimas tomarem conta de mim.
- Você precisar ficar, meu amor. - E então, eu ouvi aquela voz, aquela voz cuja minha adolescência toda quis escutar, quis ouvir cantar uma última vez, desejei seu colo por todos os infernais dias. Me viro para trás, vendo aquela mulher de lindos olhos azuis e cabelos negros, que não parecia ter mudado nada. Fico paralisada, ali a poucos metros de distância da minha Grace, parecia ser mais um sonho, e que vão tirar ela de mim a qualquer instante.
- Mãe? Mãe.... Mãe. - Caio de joelhos sentindo um peso enorme sair de minhas costas, como um refrigério. Ela caminha até mim, me puxando para seu abraço quente e reconfortante, com cheirinho de baunilha. Minha Grace está aqui, comigo, me abraçando, viva, depois de anos em que achei que estava morta, ela está aqui, me abraçando depois de anos, sonhando com aquela cena horrível.
- Eu estou aqui, está tudo bem agora. Mamãe vai cuidar de você. - Ela diz, beijando minha cabeça, acariciando meu cabelo. - Eu amo você, mia pequena.
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Espírito de Retaliação
Storie d'amoreDe todas as armas que estão prontas para a guerra, não existe melhor arma que a mente humana. É nela que está o plano de ataque, instinto, treinamento, e onde podemos perceber quem são aliados e quem são os temidos inimigos, onde diferenciamos o amo...