Meus sinceros ata [changlix]

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MINSUNG EM: tu que é gay, tu que deixa

Lee Minho sempre foi muito popular. Desde que entrara na puberdade e todos começavam a não conseguir controlar direito seus hormônios, surtos e exageros, Minho se tornou referência entre garotos e garotas. Tanto para os que queriam ser como ele ou os que queriam tê-lo na lista de "já peguei".

Na verdade, o garoto nunca fizera questão de nada disso. Ele não era como Hyunjin, que também era popular, mas se esforçava para e gostava de toda aquela atenção. Minho não, estava bem longe de gostar para dizer a verdade. A única pessoa que ele queria que reparasse nele, não ligava para sua insignificância.

Han Jisung era um conhecido de vista de Minho por volta de seus treze anos. Não sabia o que ele tinha de diferente, mas tinha algo que o atraía nele. Tentou se aproximar várias vezes, mas o Han se assemelhava aos gatos de rua que o Lee alimentava. Arisco e amedrontado, sempre fugia quando o mais velho tentava se aproximar, por isso ele tinha que ganhar a confiança dele primeiro, só não sabia como. Com os gatos dava certo dar comida e deixar que eles o cheirasse, mas provavelmente aquilo não funcionaria com Jisung.

Não demorou muito para que se aproximassem. Acabaram se tornando amigos por amigos em comum e mais íntimos devido o Han sempre ter se interessado por música e Minho fazer aulas de violino na época o fez encantar-se por ele. Logo faziam parte do mesmo círculo de amizade e o Lee nunca escondeu que tinha um interesse a mais. Jisung começou a correspondê-lo quando estavam prestes a ingressar na ensino médio, mas jamais permitiu que algo fosse oficializado.

Por conta da fama que Minho carregava, Jisung tinha medo de ser traído, apesar de Hyunjin viver dizendo que "todos seriam cornos algum dia" e então Chan sussurrava que o Hwang só dizia aquilo para amaciar seu próprio ego, insinuando que era ele quem tinha galha ali, irritando o mais novo.

E a partir daqui, a história é conhecida. Beijinhos, apertos, mãos dadas, sorvetes, filmes agarradinhos, mas nada de namoro.

ー Jisung, pelo amor de Deus... ー Minho choramingava jogado na cama do outro ー O que custa dizer sim pra uma pergunta tão simples? Eu não tô te pedindo pra explicar o sentido da vida. ー atraiu a atenção do mais novo, que remexia em cadernos anteriores em sua mesa a procura de uma matéria antiga que queria relembrar, e viu a chance perfeita de fazer um trocadilho ruim: ー Tô te pedindo pra dar sentido à minha. ー mandou uma piscadela e levantou e abaixou as sobrancelhas repetidas vezes com um sorriso sugestivo no rosto.

Fala sério! Aquela tinha sido ótima! Se Jisung não caísse de amores por ele agora, nunca mais aconteceria. Com esse pensamento, ele cruzou os dedos, mantendo a pose que julgava sexy sobre a cama e o sorriso no rosto. O Han, por outro lado, caiu na gargalhada e teve que se afastar, impulsionando a cadeira com rodinhas para longe quando o outro ameaçou trazê-lo para mais perto.

ー Com quantos mais você já usou essa, ein?

Então o sorriso de Minho sumiu, ele detestava essa desconfiança. Não entendia porque tinha fama de "pegador" se não pegava nada nem ninguém. Quer dizer, se não contasse Jisung nessa conta. A verdade era que seus olhos só focavam naquelas bochechas gordinhas, voz de anjo e sorriso encantador. O que ele poderia pedir mais? Era um bobo apaixonado com orgulho e o machucava profundamente quando o Han insistia em insinuar que ele só o iludia.