A Escolha:Robert Sheehan & Finn Wolfhard (Imagine)

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  POV S/N

Uma semana nesse inferno, que mais se pareciam meses.

Não aconteceu nada de interessante. Nenhuma briga,nenhum barraco, ninguém foi expulso, nenhum estudante novo, infelizmente ninguém morreu.

Nenhuma desgraça aconteceu.

Sábado,dia 21... Isso é loucura, já fazem exatamente sete dias desde o dia em que eu vim parar aqui.

Eu tenho que admitir que me sinto muito melhor aqui,do que me sentia quando estava com minha, "doce" família.

Ainda deitada na cama,sem vontade  para levantar,levo meus olhos para a janela do meu lado do quarto,e acabo percebendo que o dia estava frio e triste.

Sorrio de canto e solto uma risada nasal, ao perceber que o dia lembrava a forma, pela qual eu me sentia por dentro.

Talvez eu só devesse dar uma chance,uma chance para conseguir alguém,um amigo...tenho certeza de que eu não morreria se apenas dissesse um simples oi para alguém,tenho certeza que eu não teria um ataque cardíaco se eu pudesse chamar alguém de amigo... Desde a morte da minha avó, não consigo ter uma conversa descente sobre os interesses de alguém e curiosidades sobre a pessoa.

Escuto um estrondo por atrás da porta
do quarto,que imediatamente me faz perder os pensamentos que estavam insistindo em me deixar emotiva,sento na cama e espero até seja lá o que fosse se mostrar e dar explicações do por que, daquele barulho todo.

Vejo a porta se abrindo,e nela estava Karen com um cigarro em seus lábios e nas mãos ela tentava carregar uma mala com dificuldade que aparentava estar pesada, até dentro do quarto.

Talvez,eu tivesse que tentar ser gentil... não doeria em mim se eu fosse gentil com alguém que não fosse minha avó.

Na verdade...doeria o orgulho mas, talvez não fosse tão ruim.

Pensei comigo mesma.

- Eae piranha! Já acordou a princesa adormecida? Poderia me ajudar?

Perdi toda a vontade de ser a garota boazinha a partir do momento em que escutei o "piranha".

- Acho que não,tenho certeza que o, senhor Wolfhard, seria mais útil!

Volto a deitar na cama e cubro minha cabeça com a coberta e tento fingir que nunca estive ali ou que já tive qualquer pensamento de que eu poderia fazer amizades.

- Na verdade, você não faz idéia do quanto fico feliz, quandovocê me chama de, senhor Wolfhard. E só pra você saber, eu já estou ajudando ela com a outra mala.

Escuto a voz de Finn pelo corredor e tiro o cobertor da minha cabeça.

- E o que vocês esperem que eu faça? Sirva de escrava para os dois? Acho que não.

Levanto da cama e pego meu uniforme junto de uma toalha com meus utensílios de banho.

- Espero que quando eu voltar, vocês não estejam transando na minha cama.

Falo um pouco enojada. Mas,sinto a mão de alguém segurando o meu braço me impedindo de continuar meu caminho.

- Por favor,S/N. Se você ajudar a gente,eu te dou todos os meus maços de cigarros.