A sensação 그 기분

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Na Sori

Ainda com sua mão sobre a minha, encaramos um ao outro e consigo observar profundamente os seus lumes, que passa-me a mais pura luz e paz, como se demonstrasse que estará sempre disposto a me confortar e oferecer apoio.

— Enxergo você. — ele me responde, ainda preso no nosso trance. — Você não teria pulado...

Mudo minha expressão facial automaticamente e tiro minha mão em cima da dele, voltando à realidade.

Enquanto isso, no navio...

— Mas a finalidade da universidade é encontrar um marido adequado. — a mãe de Sori conversava com outras burguesas ali presentes. — Sori já fez isso. — ela se exibia ao falar da filha.

— Olhe, aí vem aquela mulher folgada. — uma das mulheres fala, olhando de lado ao ver Margaret chegar.

— Vamos, antes que ela sente ao nosso lado! — falam, rudemente.

Mas Margaret foi mais rápida e interrompeu as mulheres que já estavam se retirando da mesa.

— Olá, meninas. Esperava encontrá-las para o chá.

— Sinto muito, mas chegou tarde. A condessa e eu estávamos saindo para tomar um ar pelo convés. — A mãe de Sori diz, lançando uma piscadela no olho para as outras.

— Que ideia maravilhosa! Preciso me atualizar nos boatos. — ela se oferece, enquanto as outras mulheres soltam fumaças por suas narinas, morrendo de ódio e inveja.

Capitão do Titanic

— Ainda não ascendeu as últimas quatro caldeiras? — Chinhae perguntou para o capitão.

— Não. — ele nega — Não vejo necessidade, estamos fazendo um excelente trabalho.

— Muito bem. A imprensa sabe o tamanho do Titanic, e eu quero impressioná-la com velocidade, então vamos dar algo novo para publicar. — Chinhae coloca o cigarro na boca — Esta viagem inaugural do Titanic tem que dar manchetes!

— Senhor Chinhae — o capitão engole em seco, procurando palavras certas para conversar com o Chinhae. — Eu prefiro não forçar os motores até que estejam amasiados.

— Que final glorioso de nossa jornada se chegarmos à Nova York na terça-feira e surpreendêssemos a todos, hum? Sairia nos jornais da manhã, fecharíamos com chave de ouro! — ele levanta, fazendo gestos com as mãos, como se imaginasse todo o cenário.

O capitão assente, afinal, não poderia discutir com ele, justo ele.

Na Sori

Continuávamos a conversar sem parar. Era como se estivéssemos tão curiosos para saber mais da vida um do outro. Taehyung contava como veio parar no Titanic e eu só sabia sorrir.

— Depois disso, eu trabalhei em um barco de pesca em Monterrey. — ele faz uma pausa para beber água — Depois fui para Los Angeles, para o cais em Santa Mônica e comecei a fazer retratos por 10 centavos, cada. — eu gostava de escutar tudo que vinha dele, exatamente tudo.

— Por que não sou igual a você, Taehyung? — questiono — Que ruma para onde e quando tem vontade? — assim que ele iria me responder, interrompo-o com uma ideia que surgiu em minha mente. — E se formos lá algum dia? Ao porto, ainda que só conversemos a respeito.

— Não, vamos sim! — ele sorri, empolgado. — Beber cerveja barata e andar de montanha-
russa até vomitar. — rimos escandalosamente. — Depois vamos cavalgar pela praia, na arrebentação. E você vai ter que fazer igual fazem os caubóis, nada daquela cela de um lado só!

— Você fala... com uma perna de cada lado? — pergunto nervosa.

— É! — é nisso que me dou conta de que não vivi quase nada, nem 1% das aventuras que ele já viveu.

— Você me mostra? — ergo uma sobrancelha.

— Claro, se quiser! — assenti, sem evitar.

— Você vai me ensinar a montar como um homem? — aquilo soava tão engraçado, que eu não conseguia parar de rir.

— Sim, e a mascar tabaco como um homem! — Tae diz, me fazendo rir.

Os melhores momentos que passei, foram ao seu lado, sem sombras de dúvida.

Titanic | KTHOnde histórias criam vida. Descubra agora