O Suicídio

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E do topo do prédio ele olhava as pessoas abaixo,
Via a felicidade e a alegria em que elas se sentiam em serem apenas mais um no meio da multidão.

Já ele, 
Era um cara diferente, 
Que acreditava em seus próprios ideais.

Acreditava que fosse capaz de mudar o mundo,
Acreditava que seria tratado da mesma maneira ou de maneira melhor que seus semelhantes,
Acreditava que sua vida fosse ser diferente do que era.

No colégio sempre enfrentou os preconceitos por agir diferente dentro de um grupo,
Em casa os seus pais apenas o comparavam com o resto da sociedade,
No trabalho o seu gestor comparava o seu serviço com os demais,
E ele só queria uma coisa,
Ser igual.

Nas suas tentativas frustradas de relacionamento tudo se repetia,
Não era o mais bombado,
Não era o mais bonito,
Não era o mais bem sucedido,
Pelo contrário,
Era apenas ele.

Enxergava todos os seu sonhos cada vez mais se desfazendo,
Enxergava todos os outros tendo seu merecido reconhecimento,
E ele por mais que se esforçasse era discriminado.

Sua vontade já se tornava decepção,
Sua ousadia, seu jeito se tornavam sua angústia,
Sua alegria já se tornava desespero.

E foi desse jeito que ele pensava em se tornar uma estrela,
E foi desse jeito que ele pensava que seria voar,
E foi desse jeito que ele pensava em se mudar,
Se mudar para um lugar onde pudesse ser quem é.

E do topo do prédio ele promete a si mesmo uma coisa,
Ou ele tocaria o céu,
Ou chegaria mais rápido ao chão...

Tripulação CohenOnde histórias criam vida. Descubra agora