Tripulação Cohen

Confissões da vida

Olhando pro teto em busca de soluções,
Respostas, meios, caminhos,
Caminhos esses capazes de o livrar de preocupações.

Na opinião dele a vida já não o reservava nada,
Já havia passado por todos os estágios,
E cada vez mais era cercado por seus presságios em mente.

Não tinha mais medo da morte,
Tanto que já havia pensado várias vezes nisso,
Mas por enquanto havia escapado porque talvez ainda não fosse a hora,
Ou apenas sorte.

As pessoas que passava a conhecer
Demonstravam um nível de futilidade que pouco o agradava,
Assim evitava as expectativas,
Assim não se decepcionava.

Os amores não passavam de belos no papel daquele grande escritor,
As músicas que eram compostas traziam toda a magia do que o inspirava,
Porém, poucos sabiam que toda a beleza tem o seu lado da escuridão.

O mesmo rapaz capaz de expressar as coisas mais doces ditas,
Se pregava peças desacreditado do amor,
Desacreditado das palavras que ouvia,
E acima de tudo desacreditado das novidades que a vida planejava.

Ele tinha um mundo só dele,
Tinha uma calmaria em que poucos eram capazes de entender.

Entender a diferença daquele rapaz era difícil para a sociedade,
Sociedade essa que sempre o julgou,
Que sempre tentou o fazer de padrão.

Talvez o mais difícil para esse sonhador
Tenha sido sacrificar sonhos para poder sobreviver.

Sacrificar seu bem estar
Para poder ter suas moedas no fim de semana.

Seus pensamentos eram carregados,
Sua mente, inquieta
Já não sabia o que esperava,
Se o amor um dia se tornaria verdade,
Ou se o que pensava se tornaria a base correta.

Do amor só esperava uma coisa:
Tornasse aquilo que sempre esperou,
Ou que se mantivesse em cada texto seu,
Pois se não se apaixonasse,
Encantaria a cada dia com cada palavra que nunca o pertenceu...