Fenômenos Paranormais

Anjos e demônios

Rafaella deixou o quarto as 5:57. Passou todo o tempo que poderia com Gizelly nos seus braços, deixando a menor dormindo serenamente. Rafaella se arrependia tanto do que tinha feito, mesmo que, não tinha consciência de seus atos enquanto era um demônio, mas sentia toda a dor que causava as pessoas e que causou em Gizelly.

Particularmente os humanos não se transformam em demônios, eles são apenas possuídos. Mas, pelas circunstancias, eles precisavam de um exercito, com isso, fizeram os humanos se tornarem por completos, demônios! Mas Rafaella era tao pura, tinha uma alma tão forte, que nem eles conseguiram pega-la por completa.

Deixando seus pensamentos de lado enquanto andava pelo corredor, a maior pensava em apenas sair o mais rápido dali, em segundos se tornaria algo que não tinha controle e não queria, de forma alguma, machucar mais uma vez a garota que deixou para trás.

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Matheus estava sozinho. Depois de ter adormecido com Anna em sua cama acordei e tentou fazer algo que poderia tirá-lo dali. Gritou, xingou Deus e o mundo mas nada... Nenhum barulho, ruído, nada... Ficou o dia inteiro naquilo, tentou quebrar as janelas que ficavam na escada, mas nada se moveu, os vidros velhos estavam intactos. Pensou em correr nas escadas, tentou chegar em algum lugar mas sempre acabava voltando para o segundo andar. Estava exausto... Queria apenas ir embora

- MERDA! - Gritou com toda força. - ALGUÉM ME OUVE? POR FAVOR me tira daqui! - Estava parado em uma das janelas ao final do corredor, a rua em frente ao Hospital estava deserta, nada passava ali a anos, a não ser curiosos.

Um miado soou no começo do corredor. Matheus se virou e avistou o gato sentado parado a olhando. O garoto se aproximou do gato e se sentou encostando na parede, pegou o animal colocando em seu colo, o gato apenas o olhava.

- Oi Anna! - Olhou em seu pulso esquerdo e avistou as horas em seu relógio prateado. - Merda, ainda é uma da manha! Passei o dia inteiro sozinho aqui, porque não veio antes? - Olhava agora para o gato que o fitava, levou sua mão esquerda para acaricia-lo, o animal se aconchegou no colo de Matheus. - Você é muito fofa, apesar que prefiro sua versão humana!

Matheus ficou horas com o animal em seu colo, seus pensamentos estavam longe, não sabia o que fazer, estava ao ponto de surtar. O garoto estava tão submerso em seus pensamentos que nem percebeu o momento que o gato saiu de seu colo e se transformou em humana.

- Hey, tá vivo ainda ou morreu? - Anna fez estalos com o dedo, tentando fazer o garoto voltar a realidade.

- Me... Me desculpa! Tava tão preso em meus pensamentos que nem vi a hora passando. - Anna sentou na sua frente e encostou as costas na parede.

- Eu percebi, só não reclamo porque estava amando o carinho. - Sorriu sem mostrar os dentes. - Vejo que não está bem?

- Claro que não! Ficar sozinho já a quase dois dias é horrível, não tenho noticias dos meus amigos, de minha irmã, meu Deus! - Enterrou sua cabeça em seus joelhos e deu um longo suspiro. - Eu só queria saber se eles estão bem, Anna!

- Bom, eu estive com Gizelly hoje...- Você esteve com a minha irmã? Mas como... Ah voce é um demonio, eu sempre me esqueco disso. - O garoto voltou sua atenção para a garota a sua frente e cruzou as penas. - Ela tá bem?

- Idiota! - Odiava ser chamado por isso, mesmo que fosse um liberador de demonios, não se via como um. - Ela tá bem sim, tirando o fato que... - Antes que terminasse de falar, Matheus abriu os olhos em espanto.

- O que tem ela? O que aconteceu? - Perguntou já imaginando sua ima sofrendo.

- Ela tá bem, se acalma! Ela só foi atacada, mas está bem, confia em mim! - Pegou uma das mãos de Matheus e segurou, não era muito bom de transmitir tranquilidade as pessoas mas depois de Gizelly, queria fazer aquilo com Matheus também.