一 / one shot

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• Essa capa linda foi feita por (laninysstuff.tumblr.com). Visitem o tumblr para ver mais capas e edits maravilhosas! ♡

Notas da Lilu: Isso costumava ser uma short fic de 8 capítulos, com 17k no total, mas tinha muita cena sem sentido, Yixing levando um tiro, eles matando e escondendo um corpo juntos, Junmyeon decapitando alguém, eles brincando de roleta russa kkk. Também tinha Junmyeon bottom!! A, saudades, quando fui reescrever eu surtei e apaguei tudo, deixei só isso aí mesmo. Nada além do que ela deveria ter sido desde o começo, uma simples pwp. É isso, espero que tenham gostado da nova versão.


*


"Todos temos por onde sermos desprezíveis. Cada um de nós traz consigo um crime feito ou o crime que a alma lhe pede para fazer." — Fernando Pessoa


O disparo de uma pistola dura milissegundos. Tempo suficiente para, desde meados da adolescência, Yixing resolver os problemas eventuais da vida de herdeiro dos negócios da família.

Diante da ressonância frenética da música do clube, seus batimentos cardíacos mesclam com a melodia ao se aproximar do corpo trêmulo e agachar à sua frente.

— Você fede a carniça.

— Vá para o inferno! — Com o pouco de força restante, ele cospe no rosto de Yixing.

A parcela do fluido escorre pela têmpora, por pouco acertando seu olho. Ao invés de se afastar pelo ato repulsivo, pôs seu rosto mais perto do indivíduo. Face a face com o homem, seu nariz contorce devido ao cheiro de podridão que paira no ar.

— Nós já estamos nele.

Ele põe-se de pé. Usa o pano de microfibra que guarda no bolso para limpar o rosto e, em seguida, polir a superfície de sua preciosa pistola.

— Se quer saber, está prestes a matar um homem inocente e deixar uma família sem pai! — O sujeito respira com dificuldade, dos seus lábios escorrem sangue. Seu corpo está sujo, maltratado em estado deplorável por dias e amarrado pelos pulsos a um duto, esperando por Yixing, que decidiu matá-lo pessoalmente.

— Inocente igual as garotas que você sequestrou para vender, e as famílias que deixou sem filha? Não, eu não quero saber.

Yixing apaga as luzes do porão sórdido, e anda há poucos metros de distância do corpo, e recarrega a arma.

— Se quer saber, eu vendi sua família também — ele caminha cada passo mais longe — agora eu diria alguma coisa bem clichê, mas eu ferrei tanto com a sua vida, que não teria graça.

O maltrapilho não responde, deve ter morrido de fome.

Zhang Yixing tem feição por desafios. Eles estão no subterrâneo de um dos seus clubes noturnos, dois andares abaixo do térreo, apenas um pequeno feixe de luz vem do início da escada no canto da sala.

— Diga a Satã que eu estou com saudades, e sei que ele vai vir me buscar logo.

No escuro, ele mira com devoção. Seu corpo se abastece de adrenalina quando estende o braço para acertar o alvo. Um desafiador tiro no escuro. Se atingir o homem, sorte — ou mira precisa?. Se alvejar o duto de gás inflamável, boom. Todos mortos, inclusive ele.

Com todos seus feitos e defeitos ao decorrer da vida, tinha plena certeza que queimaria no inferno, e sem dúvida não tinha medo de queimar na terra.

shihai-ryoku | sulayOnde histórias criam vida. Descubra agora