Quando abri a porta uma onda de emoções tomou conta de mim. O loft de mim mãe não era lá tão grande assim porém, eu o achava lindo e moderno.
Na parte de baixo tinha um sofá e uma mesa de acento cinza, uma cadeira laranja encostada na parede, uma mini cozinha com um balcão, uma geladeira e um fogão que somente minha mãe usava e no final do corredor uma porta que dava para o banheiro.
Na parte de cima tinha uma mesa de trabalho com um computador e alguns instrumentos musicais. Meu pai provavelmente tiraria os instrumentos e a mesinha para colocar três camas de solteiro. (foto na multimídia)
Subi as escadas, olhei para o lado da mesinha e vi algo que me fez derramar várias lágrimas, meu violão.
Quando eu tinha 10 anos minha mãe havia me dado um violão todo florido de presente de aniversário. Eu adorava flores e também queria muito começar a tocar violão, então foi a combinação perfeita. (foto na multimídia)
Peguei o violão descendo as escadas para me sentar no sofá cinza. Olhei atentamente todos os detalhes floridos o que ocasionalmente fez eu chorar mais ainda.
Eu amava cantar, amava tocar violão e teclado. A música para mim era comparada ao oxigênio. Sempre achei que se algum dia eu parasse de tocar, eu morreria. Isso obviamente não aconteceu mas, foi quase isso.
Quando minha mãe morreu a dois anos atrás nunca mais consegui cantar ou tocar de novo. Sim, eu sei que isso parece bobeira mas, para mim se eu voltasse a tocar lembraria da minha mãe. De estar com ela no parque central, ou em um dia frio sentadas perto da lareira tocando e cantando a nossa música favorita. Isso séria demais para mim.
Passei as mãos pelo violão visualizando minha flor favorita na parte de cima do vilão, o girassol. Para mim o girassol é facilmente comparado a poesia. Tem algo belo e intenso nessa flor que me faz ama-lá mais que as outras.
Dei uma última olhada, levei as mãos até meus olhos secando minhas lágrimas, subi as escadas novamente colocando meu violão aonde estava e sai do loft.
Eu acho que a maioria de vocês já deve ter ouvido aquela famosa frase: "A vida não é justa", é pois é, ela não é nem um pouco justa.
Eu sou o Josh, tenho 17 anos e sou vocalista e baixista da banda mais maneira e foda do meu estado, os rising stars.
A banda é composta por mim, o vocalista e baixista, por Jacob, o guitarrista e por Noah, o baterista. (Foto deles na multimídia)
Nossa banda é simplesmente do caralho, começamos tocando em locais pequenos mas, recentemente começamos a decolar. Infelizmente, o que é bom, dura bem pouco.
Eu e Jacob quando a banda começou a estourar decidimos parar de frequentar a escola. O único que ainda ia assistir as aulas era o Noah.
Minha mãe ficou puta da vida quando soube. A mãe de Jacob nem ligou porém, de qualquer forma ela sempre não ligava para nada do que ele fazia. A mãe de Noah ficou feliz que o filho ainda estava indo entretanto, achou que ele ainda estava com um desempenho ruim.
Então, depois da minha mãe descobrir ela se juntou com a mãe de Noah e as duas decidiram que era melhor nós três irmos para uma escola integral. Claro que eu e os meninos odiamos a ideia. Falamos que queríamos fazer nossos shows em paz.
Elas ficaram mais bravas ainda, o que não ajudou de nada a nossa situação. A única coisa boa era que elas haviam pelo menos achado uma escola que tinha música e tudo mais.
Sim, eu ainda estava achando a ideia um inferno porém, não podia mais protestar. O acampamento/escola que íamos estudar até parecia maneiro, já tinha ouvido falar nele e pelo que eu soube tinha várias meninas gatas, músicos e professores fodas pra caralho.
Eu e os meninos iríamos ficar em um loft um pouco afastado do acampamento. Íamos morar ao lado da casa de um dos funcionários da escola, o que era bem melhor do que aquelas dormitórios pequenos e fedidos.
Minha mãe e o diretor concordaram que se fossemos chamados, poderíamos fazer três shows por mês, não era muito mas, por hora, estava bom.
Nesse momento estava arrumando minha mala, aliás, arrumando é uma palavra forte, estava apenas jogando as coisas dentro da mala. Minha irmãzinha Larissa entrou em meu quarto, a mesma estava chorando.
— Josh, você não pode ir embora, quem vai fazer meu chocolate quente? - Ela perguntou com os olhos cheios de lágrimas e o nariz escorrendo de tanto chorar.
Larissa tinha sete anos de idade e era uma criança incrível. Nosso pai havia deixado a gente quando Larissa ainda era um bebê portanto, eu sempre fui a figura paterna mais próxima que ela já teve.
Ela era uma menina durona, adorava andar de bicicleta e sempre que caía nunca demostrava fraqueza. Agora, ela parecia realmente triste.
— Lari, eu vou voltar, okay? Vai ser só por alguns meses. Depois, eu vou passar as férias toda com você. - Sorri tentando anima-lá apesar de eu estar quase desmoronando por ve-lá chorar.
— Eu sei Josh, eu vou ficar com muita saudade de você. - Ela falou lançando-se nos meu braços em um abraço mega apertado.
— Eu também vou sentir saudades, minha super poderosa. - Abracei ela ainda mais forte e sorri.
— Eu adoro quando você me chama assim. - Ela se soltou de mim e sorriu.
— De qualquer forma, eu só vou embora depois de amanhã. Ainda podemos ir na sorveteria, o que você acha? - Olhei para minha irmã que já estava pulando de felicidade.
— Obaaaa, vamooos! - Ela gritou, segurou minha mão e saiu me puxando pra fora de casa.
Espero que tenham gostado galerixxxxx.
Não tenho dias exatos para postar mas prometo que vou tentar não demorar muito para atualizar.
Caso tenham críticas construtivas ou alguma dica para me dar em relação a escrita e tudo mais, me chamem no twitter: @isahpaiva.
Beijosssss <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Acampamento Lumus
Teen FictionClarisse é uma garota de 16 anos que mora e estuda em um acampamento/colégio para jovens artistas talentosos. A garota que teve a sua vida virada de cabeça para baixo a dois anos atrás com a trágica morte de sua mãe (uma reconhecida cantora aposent...