[SEM REVISÃO]
Obs: Para maiores de 18+.
Ele estava fazendo um favor para o melhor amigo, afinal, ele amava estar entre as nuvens e voar sob as águas do mediterrâneo era como andar de bicicleta para o duque da aviação, já havia feito aquele trajeto t...
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Por quê raios você largou a faculdade?
A pergunta paira sobre nós como uma nuvem carregada, enquanto meus lábios continuam fechados e seus olhos me encaram com expectativa.
As palavras de papai pesam sobre meus ombros, me fazendo desviar o olhar do dele.
Volto a caminhar, ignorando sua pergunta e passando reto por ele. Não olhando pra trás para checar se ele está me seguindo ou fazendo seu caminho de volta para praia, ele provavelmente não está entendendo nada, e sendo sincera, não sei se quero sua companhia agora.
Apenas vá.
Raul é um homem bem sucedido, assim como papai, ele ganha seu próprio dinheiro e tem um emprego "seguro". Sua pergunta me deixa desconfortável por dois motivos: O primeiro é que minha saída da faculdade foi a última coisa sobre qual conversei com meu progenitor e não foi uma das nossas melhores conversas, longe disso. Com certeza não é uma das minha memórias favoritas, pois além de não saber se voltarei a vê-lo, meu coração aperta de culpa com as lembranças de todas as palavras que falei para ele. Já o segundo motivo, bem, este está relacionado com o fato de que eu não quero mais ninguém opinando sobre minhas escolhas e não sei se Raul entenderia meu sonho, ele parece do tipo prático e certinho, bem diferente de mim e será difícil pra ele entender meu mundo incerto, também não estou preparada para tê-lo me julgando.
E é por isso, que continuo andando mesmo quando meu nome sai de seus lábios.
- Maria Luíza!
Apenas esqueça.
Apresso minhas passadas, deixando seus protestos para trás, apesar de continuar ouvindo suas pegadas.
Ele não vai desistir.
- Quero ficar sozinha.- Grito, não olhando em sua direção, sentindo os músculos das minhas pernas pinicarem.
- Não mesmo. Qual o seu problema, afinal? - Ruge, tornando seus passos mais pesados e audíveis.
- Não é da sua conta! - Digo, já com raiva de sua persistência.
Alguns galhos espetam minha pele desnuda, arranhando minhas coxas e braços, deixando meu humor pior.
