Shot

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-UOOOOOU. Esse mulher é uma gostosa. - Poncho puxou um óculos ridículo e colocou enquanto entravamos na boate. -Que pernas em.

-Qualquer dia vai ser acusado de assédio babaca - brinquei virando um shot. 

Dançamos igual dois loucos no meio da pista ao som de uma boa putaria. Improvisando passinhos e enchendo a cara.

Senti uma mão na minha cintura e sorri maliciosa sem olhar pra trás e essa era minha parte favorita.

-Tira a mão meu parceiro. - Poncho empurrou o cara, me puxando pra continuarmos a dança. (Irmão ciumento). Era engraçado quando não terminava em uma puta treta no meio de gente.

Ele encarava um grupo de mulheres ao longe, e ri comigo mesma, tínhamos combinado de ficarmos juntos esse noite, sem distrações, ele ficaria só no cheirinho.

-Você prometeu. -semicerrei os olhos.

-A Dul, ela é diferente valeu? eu volto rápido. 

-Poncho! tu nunca nem conversou com ela.

-Mas sinto que agora vai meu bebê, tá pronta pra ser madrinha?? - beijou minha testa se afastando.

-Eu te odeio! - gritei rindo vendo ele sumindo no meio da galera.

Continuei meus passinhos sozinha, descendo até o chão e ousando alguma sensualidade. O efeito da bebida já tava subindo, e o foda é: se eu estiver pensando que tô arrasando e amanhã virar meme? Que se foda.

Pelos olhares famintos dos homens deu pra entender que eu não estava tão mal assim, bebi mais alguns shots pra ficar um pouco mais sem noção e um calor atrás me consumiu e senti uma respiração na minha orelha.

-Está gostando da festa? - falou e me virei nervosa, ficando mais....nervosa ainda. -Não vou te sequestrar eu juro. -Me deu um beijo na bochecha e fiquei paralisada com o raciocínio lento.

-Christian!!!! Não tem beijo dessa vez....eu acho. - respondi pulando nele em um abraço apertado. -Eu tava com saudades inferno, tá fazendo o que aqui em Nova York?? 

Christian me arrastou subindo as escadinhas e no caminho veio enfiando os petiscos que passavam, na boca. Sentamos juntos em uma mesa, e eu estava quase explodindo de felicidade em ver esse vadio por aqui.

-Trabalho com o Ucker.

-Legal. -Sorri. -E o que fazem?

-Vendemos drogas. - falou sério. - Tô zoando gatinha, sou guarda costa, mas na primeira confusão que rolou porque ele pegou mina dos outros, eu meti o pé.

-VOCÊ É PÉSSIMO. - gargalhamos e ele me deu um tapinha.

-Faz 2 anos que você não comenta as minhas fotos. Fiquei chateado, postei uma do meus glúteos definidos e não tinha uma gatinha. -Disse levantando pra pegar mais petiscos.

-Ã. Eu desativei minhas redes sociais. Mas aposto que muitas gatinhas comentaram. - fiz uma careta.

-Maite briga com todas elas, sou obrigado apagar.

-Vocês ainda estão juntos? - arregalei os olhos.

-Claro, eu sou pra casar moranguinho. Mas e você? Eu disse pra galera que não nos convidou pro casamento porque sabia que a gente não ia vim.

-Bom.... -suspirei. Eu estava fugindo na real. -Exato!

-O que te deu pra casar com o negão? Tava com tudo em.

-Vamos deixar os mortos descansarem. -ri pelo nariz frustrada.

Christian sabia da vida de todo mundo, um fofoqueiro nato! Colocamos o que deu em dia e do nada uma mulher alta e seminua se aproximou com uma bandeja de drink deixando um coquetel na minha mesa. Ela me lançou um sorriso e sumiu.

Linha Tênue (Vondy)Onde histórias criam vida. Descubra agora