lost in all this chaos

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"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

"Você está grávida, você está esperando um bebê."

Não podia ser real, não podia ser verdade...

- Alissa. - Shelly me chamou, me tirando dos meus pensamentos. Percebo que meu rosto estava encharcado de lágrimas. - Isso não é tão ruim!

- Como não, Shelly? - Olhei para ela, ainda chorando. - Eu não tenho uma vida tranquila e feliz, estável... nem sei se um dia serei capaz de ter! Sou cercada de guerras e mortes, lutas de poder, isso não foi saudável para mim, imagina para uma criança... uma criança, Gottschalk. - Ao dizer aquelas palavras foi como se todo o meu corpo se enchesse de angustia e a única coisa que eu podia fazer, era chorar.

- Deles? - Ela me olha.

- Dele, Harry... Esse bebê é dele. - Afirmo.

- Ohh meu deus, eu sinto muito. - Ela me abraça, me fazendo chorar mais.

- Eu transei com o Lucke... semana passada. - Digo.

- Então, tem uma chance.. - Suspiro com o que ela diz. - O que acha de sairmos escondidas amanhã, para ter a certeza do tempo em questão? - Concordo com a cabeça.

Não preguei o olho a noite toda, pensando nas dezenas de possibilidades ruins do filho ser realmente do Harry, não tem em uma semana esse filho ser de Lucke, não tem essa possibilidade. Shelly sabe que não é assim, só não quis me apavorar. Andei pelo quarto durante toda a madrugada, sem acordar as meninas.

No dia seguinte, Shelly me guia até o carro onde faziam compras todos os dias e nos escondemos:

- Assim que eles pararem no centro, a gente desce. Uma hora depois, temos que estar aqui de novo, eu já era. - Ela sussurrou enquanto o carro começava a se movimentar.

- Onde vamos? - Perguntei.

- A minha médica, ginecologista e obstetrícia, para vermos o real tempo da gravidez. - Shelly responde e concordo. Fiquei calada a ouvindo falar durante toda a viagem. Shelly era muito inteligente e estava me ajudando muito nesse momento, não sabia o que faria se descobrisse isso antes e sozinha. O consultório da médica era bem perto de onde o carro parou, chegamos em cinco minutos e logo fomos atendidas:

- Olá Shelly, é bom te ver de novo! - A doutora sorriu, sentando em sua mesa, de frente para nós.

- Olá doutora, como vai? - Ela respondeu. - Essa é minha amiga, Alissa. E a gente descobriu ontem que ela está grávida.

- De quanto tempo, Alissa? - Ela me olha.

- Não sabemos, eu não fazia ideia. - Respondi em pânico.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora