Capítulo 17

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Kai observava Brie chamando Billie para irem embora

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Kai observava Brie chamando Billie para irem embora. O irmão bombado levantou-se de trás de um arbusto, limpou as mãos na calça jeans, olhou ao redor e a acompanhou.

    Não demorou muito para que o telefone celular secreto tocasse no bolso de seu moletom emprestado.

    Ele encarou o número sem nome por um instante. Sabia bem quem era, mas gostava de não parecer estar tão disposto a entendê-la.

    — Kai aqui — disse ao aceitar a ligação, finalmente.

    — Onde você está? — perguntou a voz embargada e minimamente atraente do outro lado. Kai a imaginava exatamente como ela estava: olhos com muita maquiagem, o cabelo balançando em cachos, roçando os ombros, cheio de elásticos coloridos pendendo umas tranças aqui, outras ali. 

    — Quedas Gringas — era assim que ela chamava a cidade. Tudo nela era diferente, e ao seu redor, tudo, uma hora ou outra, também ficava assim. Kai gostava disso. Da rebeldia, da liberdade, do tipo de ser que ela é.

    — Os idiotas fizeram merda outra vez, a polícia está atrás da gente. Talvez eu precise de uma mãozinha — Kai ouvia quando ela colocava e tirava o costumeiro pirulito na boca. O sotaque se agarrando em algumas palavras.

    — E o que eu posso fazer? — ela odiava como Kai parecia mais idiota que os outros, e ele gostava de parecer assim.

    — Cuide da polícia. Os idiotas são meus.

    — Só isso? 

    — Tente não deixar pistas dessa vez. 

    — Espera, Armia... 

    Ela já havia desligado.

    Quando Kai descobriu que era uma aberração assassina, outras aberrações apareceram. Algumas o ajudaram a ter um controle sobre o lado assassino, outras à esconder apenas a aberração. Infelizmente, os errados parecem mais próximos.

Verão Taciturno (livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora