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Quando estava prestes a beija-lo, senti minha cabeça doer como se tivessem várias pessoas martelando-a ao mesmo tempo. Ouvi a porta abrindo, Masky e Toby entraram no quarto.

— O que vocês...? – Masky tentava entender o que estava acontecendo. — Vamos Toby – Disse se virando.

Com um movimento do meu braço, o vento fluiu até chegar na porta, que foi fechada rapidamente.

— Ainda bem que o Slender não tá aqui – Masky diz cruzando os braços. — Ele teria feito você engolir a porta.– Olhou pra mim.

— Vocês dois, tentem sair e chamar o Dr. Smiley! – Hoodie falou.

— Está emperrada – Toby girava a maçaneta.

— Merda! – Exclamou — Não deixem o Haru chegar perto de vocês, ele não sabe o que está fazendo.

— O que aconteceu com ele? - Toby perguntou.

— Não sei, mas os olhos dele estão vermelhos – Disse tentando sair de baixo de mim.

Minha visão ficou preta, a dor na minha cabeça aumentou, por um momento, achei que eu poderia matá-los, sem mesmo querer. Acho que eu acabei desmaiando, quando abri os olhos, estava em uma sala branca, a dor da minha cabeça parou, olhei em volta, mas não havia ninguém, me levantei do chão e comecei a andar para frente, mas nada mudava, parecia que eu nem estava saindo do lugar.

Continuei andando, até pisar em falso e cair no que parecia ser um abismo. Tudo continuava branco, mas logo começou a ficar preto aos poucos. Fechei meus olhos sentindo o chão se aproximar, quando ouvi a voz dos Proxy.

— Haru, se concentre-se. Esse não é você – Toby disse.

— Tente voltar a si! – Hoodie falou.

— Toby, me ajude a tirar o Hoodie dali com cuidado! – Masky falou.

Parei de cair a poucos centímetros do chão, mas não pude nem suspirar de alívio. Seja lá o que me fez parar de cair, desistiu de me segurar, então dei de cara com o chão. Barulhos de salto começaram a ecoar pelo local e parecia que estava se aproximando.

— Uma mulher? – Falei me sentando com a mão no nariz.

— Não – Ouvi uma voz grave e logo uma pessoa se abaixou na minha frente. — Um homem – Disse.

O cenário começou a clarear, então pude ver a aparência do dono da voz. Ele tinha cabelo longo da cor preta com as pontas azuladas, seus olhos eram vermelhos, iguais aos meus de agora, sua pele era escura como a minha, seus dentes afiados iguais aos meus também, era quase uma cópia minha, as únicas diferenças eram o cabelo e a roupa que ele usava. Em seus ombros haviam uma capa preta, nos pés, uma bota de cano longo com salto alto, ele vestia uma blusa curta que tinha pequenos cintos ligados a calça jeans que ele usava.

— O que foi? Gostou do que viu? – Essas perguntas me tiraram dos meus pensamentos, me fazendo notar que estava o encarando. Sua boca curvou em um sorriso, ele se levantou e ofereceu a mão para me ajudar, aceitei e me levantei ainda cobrindo o meu nariz que estava sangrando.

Ele se virou me puxando para o corredor escuro, mas a medida em que nós caminhávamos pelo corredor, ele não parecia ficar mais claro ou mais escuro, ele apenas trocava de cor, e eu juro que pude sentir o local girar enquanto andamos. Nada parecia ter sentido, estávamos em um corredor sem fim, sem barulho, e sem ninguém mais, além desse homem estranho e eu.

Caminhamos por vários minutos que mais pareciam horas. Até eu acabar esbarrando nele que tinha parado em uma porta, o local ficou preto de novo, havia apenas uma luz vinda da fresta da porta em nossa frente.

— Todo esse corredor para chegar em uma simples porta? — Falei para o homem, que apenas ignorou e girou a maçaneta, quando a porta abriu, era uma sala totalmente escura. — Não havia uma luz saindo daqui? — Perguntei confuso.

— Você sabe onde estamos? — O Homem me perguntou.

— Eu... – Antes de responder, ele apenas continuou falando.

— Essa sala representa seus desejos mais profundos, dos quais, nem você mesmo sabe. — Disse.

— "Desejos profundos"? — Repeti entrando na sala.

— Você vai entender — Ouvi a voz atrás de mim, e de repente a porta se fechou. A sala agora era iluminada por cores em vermelho, encostada na parede a minha frente, tinha uma cama de casal com correntes. Nas paredes, chicotes e coleiras.

— Que espécie de quarto é esse? – Pensei, virando-me para sair da sala, mas como já era de se esperar, a porta estava trancada.

Senti uma mão no meu ombro, e uma voz baixa e rouca perto do meu ouvido. — Por que está querendo ir embora? Nem começamos ainda~ – Essa voz, poderia ser... Hoodie?!

Me virei para olhá-lo, ele estava sem sua máscara, um sorriso largo estava em seu rosto, ao seu lado estavam Masky e Toby, também sem suas máscaras.

— Proxy's? Vocês estão bem? – Estalei os dedos perto de seus rostos tentado fazer eles voltarem em si.

— Por que não estaríamos? – Masky me empurrou para o chão. Pensei que iria cair nele, mas cai em algo macio. Puxei meus braços, no entanto eles estavam presos, ouvi o tilintar das correntes, elas que estavam segurando meus braços. — Como vim parar aqui? – Pensei confuso — Proxy's? – Chamei por eles, afinal, eles estavam na sala junto comigo.

— Sim, Haru? – A voz de Toby ecoou pela sala, junto veio frases ditas pelos três, que começaram a estalar pelo cômodo repetidas vezes. — PAREM! – Gritei sem paciência. Eles obedeceram, tudo ficou em silêncio, apenas o barulho das correntes soavam pelo local.

— Isso é apenas uma ilusão... um pesadelo! Tudo vai acabar logo – Falei para mim mesmo.

— ... Tem certeza disso, Haru? – Ouvi a voz do meu irmão.

— Mano?! – Levantei minha cabeça olhando em volta. — Onde você está?! – Perguntei.

— Bem aqui! – Minha visão parou em uma pessoa. — Irmão? – Chamei.

— Isso foi culpa sua! – Ele começou a pegar fogo, seu rosto ficou desfigurado, uma expressão agonizante estava estampada em sua cara. — É um pesadelo! Só um pesadelo! – Fechei os olhos.

— Haru? – Essa voz. — Hoodie?! – Falei.

— Já explicaram para você o que é essa sala, não é? Não sabia que pensava assim de mim. – Disse.

— O quê?! – Perguntei confuso. Ele estava parado na minha frente, não mais que dez passos de distância. — Você pode... Hm... tirar essas correntes? – Disse à ele.

— Por quê? A diversão está só começando – Dizia enquanto se aproximava.

Ele subiu na cama e se sentou na minha cintura.

— Hoodie, espera! – Gritei. Ele agarrou minha franja a puxando para trás, fechei um dos meus olhos e rangi os dentes de dor, seu rosto se aproximava enquanto ele dizia:

— Fique calmo, isso não vai ser tão ruim quanto você pensa – Disse desabotoando minha calça ao mesmo tempo que subia minha camisa. Tentei me soltar das correntes, mas elas estavam bem firmes na parede.

Hoodie então desfocou de mim e começou a tirar seu moletom, junto com a camisa que tinha por baixo, as jogando para algum lugar do quarto, quando terminou, ele curvou-se sobre mim, passando sua mão direita no meu peito e descendo vagarosamente pelo abdômen, até passar por baixo da minha cueca e parar em cima do meu membro. Senti sua língua no meu pescoço e logo em seguida uma mordida no local, gemi de dor com o ator dele.

— Eu vou cuidar disso – Diz tirando meu membro para fora.

∞∞∞∞∞∞∞

Olá pessoal, quanto tempo, não é? Espero que tenham gostado desse cap, e se preparem qua o próximo vai ser quente! Desculpem a demora, eu ainda não sei quando sairá o capítulo, talvez demore, talvez não, mas eu estou muito agradecido que vocês ainda acompanham essa fanfic, mesmo com a demora <3

Bai bai e à plus tard. ^^

Uma História na mansão Creepy (Yaoi)Onde histórias criam vida. Descubra agora