Aminimigos 💔

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— Olá Pinetree.

Ao ouvir isso, eu olhei para a direção da voz, e para minha surpresa deparo-me com um rapaz de pele morena, loiro, pála preta ,um olho amarelado e estava vestido um terno amarelo, com um chapéu preto. Era literalmente o rapaz que eu via nos meus sonhos. Mas estava sentado em cima da estátua do Bill, com uma cara de provocação.

— Quem és tu?— pergunto desconfiado.

— Ho Pinetree. Não me digas que não me reconheces só porque eu mudei um pouco a minha aparência.—  diz enquanto acaricia levemente a estátua.

Ao ver essa cena, eu finalmente dou-me conta de quem era. Era o meu pior pesadelo, que tinha acabado de voltar...
Bill Chipher.

— B..Bill.  Não pode ser. Tu estás morto. Estás literalmente sentado em cima do teu corpo. E essa forma? Não me digas que vais tentar controlar o mundo outra vez.— falo completamente confuso. A minha cabeça estava a doer e eu tinha receio de voltar a todo aquele caus repentino, pois tratando-se de Bill nunca se sabe o que ele vai fazer.

— haha. Calma Pinetree. Eu não voltei para dominar nada, pelo menos por agora. E sim eu morri, ou melhor, o meu corpo físico morreu. Eu antes de ser aniquilado da mente do teu tio pedi ajuda a um deus supremo, o qual ajudou-me reabrindo a ligação do nosso contrato.

— Taaaá, mas isso não explica o porquê de apareceres nos meus sonhos com essa forma, e porquê estás aqui. — falo, duvidoso das palavras vindas da boca do Bill.

— Tu não me deixaste acabar... Ao reabrir a ligação eu pude entrar na tua mente para evitar a minha morte e posteriormente recuperar-me, mas houve um inconveniente, pois ao entrar perdi todas as minhas memórias,as quais iam voltando pouco a pouco,o que me deixava muito confuso. Também fui obrigado a assumir a aparência do meu anfitrião,ou seja, um humano. E o pior de tudo é que agora eu dependo da tua energia para me manter vivo e usar os meus poderes. Em outras palavras, quando tu morres eu também morro.

—E como é que eu posso acreditar no que tu dizes, não seria a primeira vez que me mentes.

— Tu não tens de acreditar, mas é um facto e, aqui tens uma prova da nossa ligação.— diz ele enquanto aponta para o pulso, mostrando um pinheiro azul, e depois  aponta para o meu pulso.

Ao olhar deparo-me com um triângulo amarelo com um pequeno chapéu preto.

— Mas o que?— pergunto enquanto esfrego para tentar tirar.

— Não saí. Bill o que foi que tu fizeste?— grito nervoso. O que raio era esse maldito símbolo, e porquê de todas as coisas, tinha a forma do Bill?

— Como eu acabei de dizer, é a prova de que tu e eu estamos conectados. E não adianta tentar tirar, pois isso só irá desaparecer quando morreres. Até lá vais ter de aturar- me. Haha.— ele fals com o sorriso um pouco sádico.

— É que tu nem penses. Se não tens nada para fazer então volta para a tua dimensão, e vamos finjir que isto nunca aconteceu. — digo, para ver se ele ia embora. Só porque estamos conectados não quer dizer que tenhamos de viver juntos, certo?

— Infelizmente não posso fazer isso. A ligação impede-me de estar muito tempo separado de ti. Pois se estivermos mais de 5 horas longe um do outro, vamos começar a ter tonturas e mal estar. Ou pior, pois se passar das 24 horas tu podes até entrar em coma. — fala sério.

— Isso só pode ser brincadeira— digo enquanto jogo a mão à cabeça em sinal de desespero.

— Ok, ok. Mas como é que eu vou confiar em ti para estar na mesma casa da minha família e amigos? Afinal vamos ter de viver juntos a partir de agora. — pregunto já um pouco mais calmo.

— E que tal um contrato? Sem artimamhas e tu fazes as normas.— diz enquanto estende-me a mão.

— Está bem. Tu não podes aleijar a minha família e amigos, de qualquer maneira possivel, nem usar alguém, ou algo para tal. E deves manter em segredo a tua identidade. Não queremos problemas com o tio Ford. — após falar isso pego a mão do Bill e ouço-o a dizer " combinado" antes de aparecer a tipica chama azul nas nossas mãos.

— Então agora somos amigos.— diz o demônio sorridente, enquanto sai de cima de estátua.

— Está mais para aminimigos.— respondo.

Após dizer isso vamos andando para a cabana, quando eu paro do nada.

— O que foi? — pregunta o Bill um pouco curioso.

— Pensava que podias ler mentes.— falo

— E posso. Mas estou a optar por não fazer, por isso fala logo o que foi.— responde‐me ligeiramente irritado.

— Eu não posso chegar lá, depois de sair á noite com um rapaz estranho, que parece que acabou de sair de uma festa de gala... Eu posso arranjar uma história para ti, mas como vou arranjar uma roupa nova do nada? — pregunto um pouco pensativo, para arranjar uma solução.

— Se é isso, eu posso dar um jeito. —depois de dizer isso, ele estala os dedos e do nada está vestindo umas calças de ganga azul, uma t-shirt amarela, e um par de sapatilhas pretas. — Pronto.

Depois da rápida mudança de roupa, continuamos o caminho para a cabana. Ao entrar em casa, deparo-me com todos á mesa a comer, o que parecia as panquecas especiais da Mabel.

— Maninho, onde estiveste? Julgava que tinhas ido atrás de algum mistério sem mim.— diz ela antes de se levantar e vir na minha direção.
— Desculpa Mabel, é que...— ela nem me dá tempo de acabar.

— Quem é esse? — pregunta apontando para o Bill.

— Eu sou o William. Amigo do Dipper. — fala com um sorriso.

— Eu não sabia que o Dipper tinha um novo amigo em Gravity Falls. — pensa ela em voz alta.

— Simmmm, bem, o William, ele,..., ele é um amigo que eu fiz á alguns anos online, que curiosamente descobri que tinha-se mudado para perto de Gravity falls. Atualmente ele está com problemas em casa, pois ele vive sozinho e uma arvore velha que ele tinha ao lado da casa, caio e agora ele já não pode morar lá até acabarem os arranjos, o que deve demorar até ao final do verão. Ao saber disso, eu disse-lhe que podia ficar aqui. — falo tentando ser convincente. Eu não queria que eles descobrissem a verdade.

— Claro que pode, não é tio Stan, tio Ford?— pregunta ela com olhos de cachorrinho.

— Não sei Mabel... — estava a dizer o tio Stan, quando eu o interrompo.

— Ele pode trabalhar na loja de graça, e dormir conosco no sótão. Só temos de colocar o colchão, e está pronto. Ainda por cima ele aprende rápido.— tento convencer o meu tio a deixar o Bill ficar, pois, eu não queria ir parar no hospital devido aos efeitos secundários, deste novo "contrato".

—  Estás contrato, ummmm, quero dizer, podes ficar. Kkk

—–— ☆ —–—

Espero que tenham entendido. Este foi um capítulo mais de explicação, pois achei melhor expecificar mais detalhadamente a volta do Bill, e as suas consequências. Mas pelo lado positivo, o Dipper vai ser obrigado a interagir com o nosso demônio favorito. 🦊
Vemonos na próxima semana, com um novo cap, que eu vou tentar fazer maior, pois este foi um pouco pequeno.

Futuro indomávelOnde histórias criam vida. Descubra agora