O COMEÇO do apocalipse havia sido um inferno, as pessoas tentavam sair das cidades mas a maioria não teve nem a chance, eu não havia tentado sair da cidade, fiquei nela até hoje, eu andava pelas ruas desertas de Atlanta com o máximo de cuidado possível, sempre olhando ao redor para que não fosse pega desprevenida, nessas horas eu agradecia a minha família por serem severos e mafiosos, desde que me entendo por gente treinava luta corpo a corpo e com armas.Escuto um grito pedindo socorro e reviro os olhos, esse idiota vai acabar atraindo aquelas coisas, resolvo então ir da uma observada para saber o que se passava, sigo o grito até um prédio de lojas de roupas, adentro o local com meu arco em mãos, dando passos calculados e sem fazer barulho algum.
Avisto uma escada e a subo, no topo da escada tinha uns daqueles bicos, resolvo então que aquela era minha deixa, mas quando vou descer as escadas novamente um deles se vira fazendo barulho e vindo pra cima de mim, rapidamente atravesso uma flecha sobre seu crânio, vejo mais dois vindo pra cima de mim e pego mais uma flecha a conectando no arco e a soltando rapidamente na cabeça de outro.
Após terminar de matar todos eles, subo a escada até uma porta que está fechada com cadeado, pego um grampo que estava em meu cabelo e me abaixo para poder abrir o cadeado, após um minuto consigo destranca-ló abrindo rapidamente a porta, passo meus olhos pelo local até avistar um homem, me aproximo do mesmo e ao chegar perto vejo ele com uma cerra na mão e uma das suas mãos no chão.
- cara não sei dizer se você é doido ou idiota. - digo chamando a atenção para mim.
- quem é você? você é real? - ele pergunta, parecia está delirando pela falta de sangue.
- é claro que eu sou real pateta. - reviro meus olhos para ele. - olha,não é querendo te desanimar não,mas você provavelmente irá morrer por falta de sangue.
- tem uma cozinha daquele lado, me ajude a chegar lá. - disse ele.
Ajudo-o a levantar e apoio seu braço por cima dos meus ombros, ando com ele por uma outra porta e seguimos adiante, chegando na cozinha vejo mais dois bixos.
- droga. - murmuro baixo, encosto o homem na parede e pego meu arco das costas junto com uma flecha, acerto um deles primeiro e rapidamente acabo com o outro, olho para trás e vejo o homem quase fechando os olhos.
- a não não, fique com os olhos abertos vovô. - digo para ele.
Chegamos na cozinha o coloco sentado no chão, vou ver se o fogão estava funcionando e graças a Deus estava, procuro entre as coisas algo que possa ajudar até achar uma chapa, levo-a até o fogo e espero-a esquentar bem, quando vejo que já estava quente o suficiente tiro do fogo e ando até ele.
- isso provavelmente vai doer para um caralho e tente não gritar. - digo para ele antes de colocar a chapa no seu braço amputado.
Vejo ele segurar o grupo mordendo o lábio até sair sangue, isso deve doer demais, após um tempo tiro a chapa do seu braço vendo que cauterizou o ferimento.
- cara que fedor de pele queimada. - reclamo enquanto jogo a chapa em qualquer lugar. - vem cá, por que você tava algemado mesmo?
- por causa de um xerife babaca. - ele responde grosso.
- você com certeza deve ter merecido vovô. - digo enquanto sento na bancada. - a propósito, sou Adele Mason.
- Merle Dixon.
- é, nome de caipira mesmo. - digo e logo gargalhamos. - por incrível que pareça eu fui com sua cara, acho que é porque você com certeza não é um bom samaritano.
- olha gatinha, se quiser transar comigo é só falar. - ele disse dando uma piscadinha.
- foi mal vovô, não estou afim. - digo divertida para ele. - precisamos achar um lugar para dormir. - digo descendo da bancada.
TRÊS MESES DEPOIS
As coisas estavam piorando, Merle estava com uma forte infecção no braço por causa da amputação, as comidas estavam cada vez mais difícil de achar, eu ia sozinha nas buscas pois ele não tinha condições para isso, precisavamos de remédios para que ele pudesse ter ao menos chance de sobreviver, nosso relacionamento até que era bom, nosso humor negro era identico.
Estavamos andando na floresta ja tinha algumas horas, Merle andava apoiado em mim, estávamos fracos pois já tinha um dia e meio que não comíamos, até que escuto um barulho próximo da gente, ficamos espertos na hora, seguro meu arco e aponto pra onde veio o barulho.
- relaxa, estou aqui em paz. - disse um homem saindo do mato com as mãos pra cima. - vim oferecer ajuda,tenho uma cidade não muito longe daqui, é segura se quiserem vim. - ele disse com um falso sorriso amigável.
Eu olho para Merle que me dá o mesmo olhar cúmplice, aceno com a cabeça indicando que íamos com ele, ajudo Merle e seguimos atrás dele.
- não confio nele, tem algo nele que não me desce e acredite, eu nunca erro. - digo em um sussurro para Merle.
- eu também não confio, mas iremos cuidar um do outro. - ele diz olhando para mim, dou um sorisso e concordo com a cabeça.
Andamos mais um pouco até chegar em uma estrada e entramos em um carro, fomos atrás Merle e eu.
- qual o nome de vocês, eu não perguntei. - o homem havia perguntando.
- Merle e Adele Dixon. - Merle responde antes que eu possa responder e aperta a minha mão.
- bom, me chamem de governador. - ele disse. - desculpe a pergunta mais vocês são casados? - perguntou interessado.
- algo assim. - respondo dando de ombros como se não ligasse.
Eu agradecia por ser muito boa com mentiras, ninguém nunca desconfiava quando eu mentia, eu era uma ótima mentirosa. Após algum tempo avistamos murros e logo um portão se abre.
- bem-vindos a Woodbury.
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ᴄʜᴀᴏs ᴀɴᴅ ʟᴏᴠᴇ - ʀɪᴄᴋ ɢʀɪᴍᴇs
Horrorᵃᵈᵉˡᵉ ⁿᵘⁿᶜᵃ ʰᵃᵛⁱᵃ ⁱᵐᵃᵍⁱⁿᵃᵈᵒ ᵠᵘᵉ ᵒ ᶠⁱᵐ ᵈᵒ ᵐᵘⁿᵈᵒ ᵘᵐ ᵈⁱᵃ ᶜʰᵉᵍᵃʳⁱᵃ, ᵘᵐᵃ ᵍᵃʳᵒᵗᵃ ᵗʳᵃⁱᶜ̧ᵒᵉⁱʳᵃ ᵉ ᵠᵘᵉ ᶜᵒⁿˢᵉᵍᵘᵉ ᵉⁿᵍᵃⁿᵃʳ ᵠᵘᵃˡᵠᵘᵉʳ ᵘᵐ ᶜᵒᵐ ˢᵘᵃ ˡᵃ́ᵇⁱᵃ, ᵃᶠⁱⁿᵃˡ ᵈᵉ ᶜᵒⁿᵗᵃˢ ᵉˡᵃ ᵉʳᵃ ᵘᵐᵃ ᵐᵃˢᵒⁿ, ᵘᵐ ˢᵒᵇʳᵉⁿᵒᵐᵉ ᵇᵃˢᵗᵃⁿᵗᵉ ᶜᵒⁿʰᵉᶜⁱᵈᵒ ᵉⁿᵗʳᵉ ᵖᵒˡⁱ́ᶜⁱᵃⁱˢ ᵉ ᵐᵃᶠⁱᵒˢᵒˢ. ᵗᵘᵈᵒ ᵐᵘᵈᵃ ᵠᵘᵃⁿ...