Eu me permiti sentir tudo, tudo mesmo, desde a tristeza até a euforia. Não faz sentido falando assim até porque eles sempre estiveram aí, mas eu nunca dei a devida importâncias para cada sentimento, era sempre a massiva vontade de estar bem e a avassaladora tristeza sem fim.
Vou tentar explicar melhor, antes, tudo se resumia a depressão e o "estar bem" na minha cabeça, até que eu parei pra pensar um pouco, eu estou realmente depressiva ou só triste por algum motivo x? A partir do momento que eu comecei a me fazer essa pergunta as coisas mudaram.
Eu ainda não controlo meu humor, mas agora, quando chega a tristeza eu lido um pouco melhor com ela, me permito sentir e não me deixo mais levar pelo pensamento de que estou depressiva e é melhor ficar quietinha no canto ( mesmo que eu ainda fique quieta no canto).
Não tô dizendo que melhorei pela força do bom pensamentos, isso não existe e eu não estou melhor! Eu só tento pensar não na tristeza que tô sentindo agora, mas na rapidez com que ela chegou e na rapidez que ela provavelmente vai embora. Até porque a porra da borderline vai mudar meu humor rapidinho de qualquer maneira.
Não tento mais atingir a felicidade a todo momento, ninguém é feliz a todo momento, as vezes é necessário ficar quietinha no canto, as vezes o "estar bem" é exatamente esse sentimento, o estar bem pode ser achar o equilíbrio na linha tênue ( ou não), as vezes pode ser a normalização de tudo ou até mesmo aceitar o fato de que essa é a maneira que é e não tem mudança, somente adaptação.
Boa sorte na jornada meus bordados.
Manda tema ou dúvida por favor, tô sem idéia…
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Minha mente borderline 2 - O limite da quarentena.
NonfiksiNão me responsabilize por suas possíveis crises desencadeadas por esse livro. Sinto muito mas o aviso é claro. •Aos surtos que se calaram diante de meses sem contato com o mundo exterior. •A menina que percebeu que seus demônios tiveram início em a...