Blood And Innocence

03. Memórias

[Cada * é uma memória diferente que começa.]

Memórias de Jimin.

Anos desconhecidos.

— Vamos, se vire!

Jimin disse firme. Com os braços cruzados e os olhos tão vermelhos, que Naeun jurou que jamais mentiria para o vampiro.

— Eu não quero. Você não pode me obrigar. — Rebateu a garota, os olhinhos roxos arregalados pela fúria.

— Vamos, Naeun. Me obedeça. — Ditou, ainda mais firme que antes. A híbrida acabou soluçando, os olhos tornando-se marejados. Sabia que Jimin não acreditaria em sua fingida plenitude; não depois de um cio violento, que lhe custaram diversas mordidas.

Ficou de costas para o vampiro, deitando-se na cama de bruços. Ergueu os quadris como lhe fora ordenado e abaixou o shorts.

Jimin viu perfeitamente as marcas dos seus dedos ali, fora os furinhos; dos seus caninos, devido às mordidas que dera na bunda alheia.

As nádegas alvinhas estavam vermelhinhas, com as marcas perfeitinhas das mãos do Park. Jimin respirou fundo, odiava os cios.

Principalmente os cios da híbrida, onde ela implorava para ser machucada daquela maneira. Jimin não podia culpá-la por gostar dos seus toques brutos. Mas, mesmo que não tivesse um coração, sentia doer como se tivesse.

Levou as mãos gélidas para as nádegas quentinhas. Massageando a região com calma. Ouviu Naeun soluçar e gemer; não sabia se era de dor ou alívio.

Com paciência, afastou as bandas, observando a entradinha da híbrida. Estava judiada, bem vermelhinha. Mas, sabia que se perguntasse para Naeun, ela diria que estaria perfeitamente bem.

Os cios são destrutivos. Principalmente por causar inconsciência. Naeun não tinha noção das coisas que pedia para Jimin, e ele sabia que se negasse, elas ficariam piores.

Mas, lá estava ele, cuidando dela como sempre fazia.

Abriu o pote branco, tirando de lá uma quantidade razoável de pomada anestésica. Não exitou ao passar na região machucada, optando por também passar na bundinha de sua menina. Breve ela sentiria o alívio e não se incomodaria tanto.

— Você sabe como eu odeio isso. Não me peça mais para fazer isso, Naeun. — Subindo a calcinha de Naeun, logo depois o shorts, ajudou-a se sentar com calma na cama. Observando o rosto corado e os olhos marejados.

— Não tenho controle, Minnie. É algo que eu não tenho controle. Cios nos deixam inconscientes, mesmo que ainda haja algum resquício de consciência, é inútil. — Naeun soluçou — Desculpe por fazer isso a você, desculpe.

— Meu anjo, está tudo bem. Não me peça desculpas. — Trouxe o pequeno trocinho para seu colo, acariciando suas bochechas e beijando seu lábio. — Só não gosto quando você me pede para ser bruto. Tenho medo de machucar você, muito medo.

— Você nunca vai me machucar, Minnie. Só vai me machucar se for para longe de mim..— Os olhinhos roxos brilharam ainda mais. — Eu amo você.

*

— Taemin, pare com essa brincadeira. — A híbrida recuou dos toques do vampiro mais velho.

Naeun suspirava. Sentia seu coraçãozinho palpitar. Taemin lhe encarava como se ela fosse um pedaço de carne, e ele estava prestes a lhe devorar.

Naeun encolheu-se, encostando as costas na parede. Os olhos roxos amedrontados.

— Meu anjo, eu não estou fazendo nada demais. Estou? — Aproximou-se novamente, encurralando a menina contra a parede. Os olhos vermelhos afoitos, as presas saltando para fora dos lábios bonitos. — Por que você não me dá um beijo?