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Dandara
Saímos da festa, peguei a chave do Martin e dirigi já que ele estava bêbado.
_ Porque quis sair tão de pressa da festa? - pergunto ligando o carro.
_ Aquela garota que eu estava ficando, ela era bonita, beijava bem, até melhor do que você... - ele diz com um sorriso sarcástico.
_ Não enche. - Digo revirando os olhos.
_ Ela não desgrudava por nenhum instante.
_ Não achei ela grudenta, você que é exagerado. - Brinco nos fazendo rir.
Estacionei o carro umas casas antes da minha, para que ninguém nos visse chegar. Saímos do carro e entramos.
_ Não faz barulho! - sussurro enquanto sabíamos as escadas e entrávamos no quarto.
Dou alguns travesseiros e lençóis para Martin, que logo se deita em um sofá que ficava sob a minha janela, eu estava tão cansada que só faço trocar de roupa e cair na minha cama. Era normal o Martin dormir lá em casa, acontece quando ele bebe muito e não pode dirigir, apesar de ninguém saber, era comum ele fazer isso.
_ Com quem você estava conversando quando fui te chamar? - ele pergunta se aconchegando nos lençóis.
_ Ah, o nome dele é Oscar. - Digo.
_ Você sabe quem ele é... não sabe? - ele pergunta.
_ O dono da casa onde estava tendo a festa? - pergunto sendo óbvia.
_Também, bom... ele é o Spooky, líder dos Santos. - Martin diz sussurrando.
_ Tá! dessa eu não sabia. - digo impressionada. _ Ele disse que me conhecia.
_ Deve ter te visto em uma das reuniões com o seu avô, algo do tipo. - Martin diz.
Agora eu sei como o Oscar me conhecia, ele deve já ter vindo aqui antes para resolver algo com o meu avô. Eu sabia do Spooky, sabia que era o líder dos Santos mas até então não tinha conhecido.
(...)
Acordo com o despertador tocando, me levanto com a maior preguiça do mundo, pego minha roupa e sigo para o banheiro, após tomar banho, acordo Martin para que ele saísse sem que ninguém visse ele.
_ Ei, acorda! já estou indo - saculejo Martin, que dormia feito um bebê.
_ Tenha um bom dia - ele diz ainda sonolento.
_ Obrigada! mas tô te chamando pra você ir. - digo rindo.
_ Tá ok, eu vou já já. - ele diz se enrolando ainda mais nos lenços.
Deixei ele lá e desci para tomar café com o meu abuelo e a minha irmã. Ao descer, vejo algo inusitado, meu tio estava sentado a mesa, algo que nunca acontecia.
_ Buenos dias! - digo para ambos que estavam na mesa, fazendo eles responder em uníssono.
_ Dormiu bem hija? - ele pergunta.
_ Dormi sim abuelo - digo olhando para o meu tio que me encarava com desconfiança.
Minha irmã se junta a gente, como sempre atrasada. Ela cumprimenta todos e se senta a mesa.
_ Hija, o que acha de treinarmos nossa mira hoje? - ele pergunta para mim.
_ Seria ótimo! - digo sorrindo.
Dois anos atrás, eu fui assaltada, além de roubarem minhas coisas, ainda me bateram, isso causou revolta no meu abuelo, e por conta disso ele colocou eu e a Ana em aulas de autodefesa e me deu uma arma no meu aniversário de dezoito anos, desde então a gente treina sempre que dá. Eu não ando com a minha arma, eu a deixo no meu quarto escondida.
_ Eu adoraria ir também - Ana diz animada.
_ Sinto muito hija mas você não tem idade para isso. - Nosso avô diz tirando o sorriso do rosto da Ana.
_ Acho que também vou - Gael diz fazendo meu avô assentir.
Deixo a Ana no colégio e vou para a faculdade, onde encontro apenas o Javier me esperando na frente.
_ Cadê a Mônica? - pergunto ao descer da moto e ir em sua direção.
_ Ontem quando a gente saiu, ela bebeu muito, provavelmente está com uma ressaca daquelas. - ele diz rindo. _ Bom, você não estava lá pra controlar aquela garota. É uma pena que não foi. - ele diz enquanto atravessamos o pátio.
_ Da próxima vez eu vou. Não sei como você não ficou igual a ela, gosta de beber tanto quanto. - digo rindo.
_ Não bebo muito, não mais! Tenho que focar um pouco nas minha notas. - ele diz enquanto subíamos as escadas. _ Eae? Como foi o encontro? - ele pergunta.
_ Que encontro? Ah, o encontro - digo forçando um sorriso. _ Foi legal, mas acho que não vai dar certo. - menti.
As aulas pareciam demorar mais do que o normal para acabar, acho que por eu estar cansada. Peguei minha irmã no colégio assim que sai da faculdade e fui para casa. Ao chegar em casa, almoço e subo para o meu quarto, comecei a fazer alguns trabalhos da faculdade e uns do meu abuelo. Ao terminar, deixei os papéis no escritório dele e voltei para o quarto, me deito na cama e mexo no celular até pegar no sono.
Acordo com o despertador que havia colocado para a alarmar, não queria me atrasar para sair com o abuelo. Pego minha jaqueta, faço um rabo de cavalo no meu cabelo e desço para esperar.
Não demora muito para eles descerem também, junto a eles desce a Ana.
_ Adivinha quem vai também? pois é, euzinha! - ela diz olhando com cara de vitoriosa pra mim, por ter conseguido convencer meu avô de ir também.
_ Tu vas pero estara mirando. - meu avô diz para Ana.
_está bien, abuelo. - ela diz sorrindo
Entramos dentro do carro, todos em silêncio. Gael não falava nada, ao contrário de Ana, que falava sem parar, parecia empolgada com os amigos que tinha feito na escola. Por sorte não era tão longe, a gente conseguiu chegar rapidinho.
Entramos no local, ao chegar lá, Ana ficou sentada em umas das cadeiras, observando de longe. Depois que meu avô explicou como carregar e atirar, o que ele sempre fazia, apesar de que eu já tinha aprendido isso, finalmente fomos para o espaço apropriado.
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Tão perigosa quanto você (Oscar Diaz)
FanfictionApós ser abandonada pela mãe, Dandara e a sua irmã mais nova foi acolhida pelo Sr. Lis Gonzáles, seu abuelo, um dos fundadores dos "Los Santos". Sempre afastada dos negócios da família, ela dava um jeito de se envolver. Após uma tragédia, descobre q...