07; It Hurts Like Hell

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Oi gente! Eu sei, perdão a demora. Tive uns motivos pessoais para ter sumido, mas voltei para atualizar e é isso que importa.

ATENÇÃO!!!

Este capítulo contém cenas explícitas de violência, agressão física e abuso psicológico. Se você é sensível com esses temas, NÃO LEIA! Pule para a parte da Any ou nem leia o capítulo.

Obrigada.

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Noah Urrea

— Vou ter que repetir, seu merdinha? — meu pai gritou, me fazendo estremecer — Onde porra você pensa que vai? 

Engoli em seco e apertei o celular na minha mão direita. Olhei para minha irmã novamente e ela suspirou. 

— Pai, ele só... 

— Cala a boca! — arregalei os olhos ao ver minha irmã caindo no chão e levando uma mão ao rosto — Eu não perguntei para você, perguntei para o Noah.

— Você... Você me bateu... — senti um embrulho estranho na boca do estômago. 

Minha irmã nunca demonstra fraqueza. É sempre durona e com o nariz em pé, mostrando ser dona do próprio nariz e não se importar com nada. Mas, ali estava ela, caída no chão, com a voz embargada após levar um tapa do nosso pai. 

Meu pai riu sem humor e se abaixou, segurando o corpo de Linsey e a levantando com brusquidão. 

— Você já fez o suficiente por hoje — a segurou pelos ombros e a empurrou para fora do meu quarto. A loira cai no chão e o olha com os olhos marejados — Agora suma da minha frente se não quiser levar uns bons tapas 

Assim que terminou sua fala, o homem fechou a porta a batendo com força, trancando logo depois. Encarei com os olhos arregalados as costas largas cobertas por um paletó do meu pai, sentindo meu coração batendo a mil por segundo em meu peito. Mordi meu lábio inferior, tentando não chorar na frente dele. Que patético seria se eu, um homem, chorasse? Talvez não seja nada errado, mas para o meu pai? Era o pior dos crimes. 

Noah? Noah! O que porra 'tá acontecendo aí? — arregalei os olhos ao escutar a voz abafada da garota vindo do celular. 

Encarei a tela do meu celular e vi que a chamada ainda estava ativa, mas antes que eu pudesse respondê-la ou até mesmo desligar, dei um sobressalto ao escutar o mais velho dar um soco na porta do meu quarto, se virando para mim com uma clara raiva no olhar. 

— Qual foi a única coisa que eu mandei você fazer?

Engoli em seco, abrindo a boca várias vezes, mas sem de fato nada dizer. O medo que eu estava sentindo naquele momento era tanto, tanto, que senti como se meus divertida mentes estivessem correndo de um lado para o outro dentro da sala de controle e tivessem esquecido de mexer nos botões para que eu possa responder alguma coisa. 

— Eu te fiz uma pergunta, me responda! — se virou totalmente para mim, mas não saiu do lugar. 

— E-eu... — respirei fundo, umedecendo os lábios — V-você mandou eu escrever uma música...

— Uma música decente! — me interrompeu, gritando — Por acaso eu mandei você agir como um inconsequente que arma um esquema para enganar a segurança e fugir de casa como um bandido foge de uma prisão? 

— Não...

— Não, porra, eu não mandei! — deu um passo em minha direção, me fazendo recuar o máximo que consegui, sentindo a cama bater contra minhas pernas atrás de mim — O que você estava pensando?

Criminal Love [noany] HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora