S.O.S ♪

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S.O.S. Por favor, alguém, me ajude!
Não é saudável eu me sentir assim
V.O.C.Ê. (por que, oh, você) está fazendo isso difícil?
Não consigo segurar, veja, não me sinto bem
S.O.S. Por favor, alguém, me ajude!
Não é saudável eu me sentir assim♪

 Por favor, alguém, me ajude!Não é saudável eu me sentir assim♪

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☀︎ San Diego/ Califórnia

Michael


Apoio a ponta dos pés no chão, não tão duro e nem gelado, um tapete preto felpudo acolhe às  minhas solas ao caminhar pelo quarto. Minha cabeça dói e gira, me sinto  em alguns  instantes estar em alguma roda gigante infernal,   a luz do dia piora minha dor atacando também os meus olhos. Ainda sinto o gosto da noite passada assombrando minha boca, amarga, como se houvesse tomado algum tipo de remédio. Isso é resultado das ótimas tequilas servidas pela Riri na noite de ontem enquanto riamos e jogávamos conversa fora a beira da piscina. Foi uma  noite e tanto, as garotas são agradáveis,  divertidas, logo se vê por que Janet não desgruda delas.  A noite foi um criança pra nós, as 4 subimos cada um para os seus quartos, essa casa a beira mar é gigantesca, exuberante, imponente bem ao topo das pedras azuis turquesa  do Atlântico. O que mais me impressionou desde que cheguei e ainda está a me deixar boquiaberto é a vista fabulosa. Sem dúvidas o lápis do criador foi generoso ao passar por aqui,  fico sem voz enquanto meus olhos captam o céu beijar o mar e  as ondas esverdeadas quebrarem contra os corais alaranjados, rosados e vermelhos.  É simplesmente   o paraíso na terra estampado bem na varanda do meu quarto.


Continuo a  observar o  mar adentro, um espuma se forma em baixo de um casco do iate branco com listras azuis na horizontal e com os dizeres na proa: Garota má. É  bem a cara da Riri. Às palmeiras balançam e o vento salgado traz consigo o som de uma música muito animada vindo do interior da embarcação, e na parte aberta do iate estão o quarteto fantástico e o único homem dentre elas,  é Akon que deve ter chegado a pouco. Caramba, como elas  podem  estar animadas  pra festejar depois de beberem como umas  loucas a noite toda?


Meu estômago revira só de  lembrar o cheiro do álcool, levo minha mão a boca e fecho os olhos deixando ir pra longe a sensação de mal estar, junto ao som da música, do vento e do mar, ouço um motor potente desacelerar aos poucos. Abro os olhos, está estacionando e posso afirmar que o motorista é  péssimo nisso, acabou de bater na lata de lixo e arranhar levemente o porta malas. Começo a rir da situação, o carro  morre  e a porta se abre, estou curioso pra descobrir quem é o roda dura. Ao contrário do que esperava ver, a mão que toca sobre a porta  não é peluda e nem grotesca, mas muito delicada e as unhas feitas marcadas por um esmalte rosa com brilhos mostra  que ela gosta de detalhes. Um chapéu branco estilo panamenho salta pra fora do carro, no estante só posso vê-lo junto com os cabelos loiros que voam com o vento, ela ainda está de costas, mas me é tão magnética. Sinto como se os polos do meu corpo estivessem sendo puxados a aquela mulher que ainda não sei quem é. Quero descobrir, então meus olhos atentos nem piscam, devagar, como se fosse um cena em câmera lenta, ela anda se afastando do carro, empurra a porta que bate sozinha e então vira-se olhando o mar, o sorriso incandescente reluz como um diamante puro. Enquanto ela admira o mar, não consigo me desviar dela, usa um vestido branco, curto mas não muito, praiano mas muito sofisticado, ela tem bom gosto. A saia esvoaça formando ondas, soltas e leves até a cintura onde o pano começa  a ficar apertado desenhado sua cintura com formato de pilão,  o pano que era um se faz dois e forma um belo e generoso decote, os seios fartos estão  a vista, e ela não se importa em mostra-los.

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