Capítulo 37 ✔

219 10 0
                                    

A breve e desagradável discussão com Anna me fez reviver na pele os muitos momentos de instabilidade em relação a Helena Parker e isto é suficiente para que eu me sinta um merda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A breve e desagradável discussão com Anna me fez reviver na pele os muitos momentos de instabilidade em relação a Helena Parker e isto é suficiente para que eu me sinta um merda.

Deixei-me ser consumido pelo ciúme e pelo descontrole, lançando minha fúria sobre a menina que tem tido uma puta paciência com minhas profundas cicatrizes.

Controle-se Raymond. Onde está com a cabeça? O fato de Helena ter sido uma completa decepção, destruído meu coração e arruinando os meus sonhos tão tolos não significa que todas são iguais a ela.

Anna é simplesmente inacreditável, linda, forte e muito, muito deliciosa. Estou com certa dificuldade em ficar longe de seu calor de mulher, sua pele, escutar seus gemidos suplicando por mim, tão doce... porra, isto é ridículo. Quantos anos eu tenho, afinal?

Afasto os sofredores pensamentos lascivos, enquanto espero por minha aluna que termina de arrumar-se. Não que precise de muito. Anna é uma morena e tanto.

— Eu estou pronta para voltar ao lar doce lar.

Levanto os olhos de uma esquecida edição do The New York Times e aprecio o visual desafiante, casual e simples de minha aluna, e pouco convencional, eu diria.

Erguendo as sobrancelhas com humor, puxo-a pela cintura para mim, fascinado por sua respiração hesitante, os admirados olhos azuis presos a meus olhos.

— Como eu disse antes... está camisa lhe caiu muito bem, Anna.

Inclinando-me, planto um delicado beijo em seus lábios fartos.

Ela sorri, ruborizada de alegria, os olhos brilhando como o sol de verão que nos aguarda pela cidade.

— E como eu também disse, tem o seu perfume. Eu adoro ele.

Ela diz com meiguice, fazendo um biquinho divertido, olhando-me muito profundamente.

— Só o perfume?

— Bobo. — Começamos a sorrir, trocando alguns beijos rápidos. — Vamos?

Quando alcançamos a Atlantic avenue, eu percebo a distância, uma barreira policial montada em um trecho particularmente perigoso e suscetível a acidentes.

Com uma típica fita amarela fechando o perímetro em torno de um detonado veículo de passeio, não era difícil assimilar o que aconteceu ali.

O carro seguia de ponta cabeça na estrada, com o capô todo amassado, vidros em estilhaços, a lataria destruída, marcas dos pneus pelo asfalto e explícitas manchas de sangue, definitivamente perturbadoras e indesejáveis para o tão agradável início da minha deliciosa manhã com minha aluna mais deliciosa ainda.

Amores Proibidos - Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora