Por precaução decidimos ir no mercado em horário de pico e no mais movimentado. Com a cidade cheia fica mais difícil eles nos acharem.
O mercado estava lotado, e enchemos 4 carrinhos de coisas com cada um carregando, as filas enormes e eu tava puta já com a demora. Nunca mais queria pisar o meu pé nessa merda.
Poncho e Christian ficaram em uma fila e eu e Christopher em outra, a que fosse mais rápido a gente iria.-Um absurdo! Tantos caixas e apenas 3 funcionando! - uma senhora reclamou atrás da gente.
-De verdade.
-Que bom que moro aqui perto, mas ainda assim isso é um inferno. - falou sorrindo em seguida. - Moram por aqui também?
-Não exatamente.
-Turistas? Ó a minha filha também é turista, só aparece quando quer alguma coisa da minha casa. - balançou a cabeça e eu ri. - Vocês são tão jovens! Tem muitos filhos? -perguntou olhando nossos carrinhos carregados de danoninho.
-Ã. Só tenho um gato.
-Que eu saiba nenhum minha senhora. - Christopher respondeu com um sorriso falso.
-Faz um tempinho que sou vegana. - deu uma pausa. -Sabe cozinhar querida? Essas coisas fazem um mal.... - perguntou e achei estranho uma velha que eu nem conhecia me encher de perguntas puxando assunto em uma fila. Então era assim que a vovó fazia amizades?
-Cuida da sua vida. - Christopher foi grosso e belisquei ele morrendo de vergonha.
-Desculpe, ele tem problemas mentais. Pode passar na nossa frente! -abri caminho e a senhora agradeceu.
-Custa ter educação? - falei baixo batendo em seu braço.
-Não me enche você também porra.
20 minutos, um passo.
30 minutos, dois passos.
Quase uma hora chegou a nossa vez.
A moça do caixa não tinha uma cara nada boa olhando nossa compra gigante. Fazia expressões e aposto que ela tava julgando a gente pelo equilíbrio de um carrinho cheio de besteiras e outro com cigarros e cervejas.
Depois de quase um século penamos pra botar todas as compras no carro, e o pior nem foi isso, era chegar em casa e guardar tudo.-Tô exausto, vou bater um cochilo. - Christian tirou a blusa.
-NADA DISSO! Vão todos ajudar guardar essa droga. - berrei e eles resmungaram abrindo as sacolas...Pra pegar cerveja. - Eu tô falando sério.
-Relaxa ae Dul, depois guardamos.
-Ok, eu vou subir e quando eu descer quero tudo guardado. -cruzei os braços. Eu sempre quis fazer isso.
-Temos uma mãe agora meus parças. - Poncho riu. -Firmeza maninha, tudo guardado.
Sem acreditar nem um pouco nisso subi mesmo assim. Aproveitei minha chance e dormi o quanto pude.
Levantei cedo no outro dia e vesti uma roupa esportiva pra malhar um pouco, eu tinha certeza que os muleques estariam dormindo, já que passaram a madrugada bebendo, fumando e apostando jogo. Fiquei mais que surpresa de ver que as coisas estavam guardadas, tentei achar um defeito pra pegar no pé mas eles organizaram tudo bem bonitinho.
Entrei na academia da mansão e no ringue de lutas Poncho e Ucker treinavam box. Outra surpresa, não era nem 6 da manhã e eles já estavam na ativa?
Me encostei na porta observando Christopher. Aquele corpo, que músculos... E aquelas veias? Tão suado... Ele fazia movimentos precisos que dava um ar de cara bruto, a gente podia tá...
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Linha Tênue (Vondy)
FanfictionJovem e temperamental, Dulce vai morar com sua mãe socialite na expectativa de uma nova família, mas com as famílias vem problemas, e lidar com sua nova vida torna tudo mais agitado, detestando tudo. Ao contrário Christopher Uckerman, típico playboy...