HOMENAGENS

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Depois deste dia que foi

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Depois deste dia que foi...foi...eu não tenho palavras...foi um dia tão... horrível e cruel que...se algum dia alguém me dissesse que isso iria acontecer bem debaixo do meu nariz, eu juro que não acreditaria. Sabe o por quê? Porque as pessoas podem te surpreender.

Hoje o dia amanheceu frio e silencioso, não há nem barulhos de carros nas estradas, as pessoas estão em suas casas e nem os pássaros hoje cantaram uma melodia sequer. Todos estão em um luto interno e silencioso, pois eu também fiquei.

                                                     15:36 p.m.

Já é fim de tarde e o sol não mostrou-se nada além de sua presença entre as nuvens, aquele típico dia frio, chuvoso e com neblina tensa que cobre quase tudo o que estiver em sua frente.

Durante a manhã Mia ficou em sua cama e de lá não saiu para nada, hoje é o enterro de todas as vinte e oito vítimas, e ela está tentando se preparar psicologicamente mas foi inválido tentar, ela precisa desabafar com alguém...mas com quem ela mais deseja também precisa de seus momentos sozinhos, todos estamos precisando refletir neste momento, nem que por segundos ao menos.

Chloe também não quis sair do seu quarto, seu refúgio, seu canto precioso desde pequena, o pequeno sofá embaixo da janela. O único lugar que ela utiliza para pensar, e agora...ela precisa mais do que tudo dele até dar a hora do enterro, afinal, todos irão em homenagem a todos aqueles que perderam suas vidas.

Enquanto todos estão abalados e tentando esquecer isso de alguma maneira, ou aliviar ao menos, Lucy está sentada em um banco no corredor do IML, ela recebeu o telefone e agora está aí, esperando para ver o corpo de seu filho. Seus olhos estão caídos de tanta tristeza que está sentido, com olheiras de não ter conseguido dormir a noite pois estava no quarto de Ben cheirando suas roupas e chorando sem parar, e com poucas palavras que saíam de sua boca pela culpa que sente internamente.

-Senhora Connor? Está me ouvindo? --diz o doutor.
-Ah, sim. Desculpe...--diz Lucy levantando.
-Vamos, por aqui --diz o doutor indo na frente mostrando o caminho.
-Esperem! --diz Tyler correndo pelo corredor.
-Tyler? O que está fazendo aqui menino? --diz Lucy curiosa.
-Eu não vou ficar quieto se não os ver pela última vez, por favor... --diz Tyler ofegante.
-Tudo bem...vamos --diz Lucy indo na frente dos dois.

Ao chegarem na sala o médico responsável os deixa entrar e os guia até onde está o corpo de Ben, seu corpo nú está em cima de uma mesa de alumínio com uma toalha da cor verde-água em cima para cobri-lo. Lucy sente uma sensação tão...pesada dentro de si, uma sensação inexplicável se assim posso dizer, Tyler apenas engoliu seco pois não conseguia acreditar no que está vendo, seu melhor amigo em um dia estava ao seu lado rindo, e hoje está deitado em uma mesa, sem vida.

O médico tira apenas a parte de cima da toalha revelando apenas o rosto pálido, roxoso, e com algumas tonalidades de azul perto das pálpebras, de Ben. Lucy se aproxima lentamente e coloca as mãos na boca começando a chorar silenciosamente, ela está vendo o seu filho, o seu menino de ouro sem vida alguma...e o pior, de que há vários assim que ele tirou a vida. Tyler continuou em silêncio enquanto os olhava perto da porta, até se aproximar calmamente e olha-lo.

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