(Oi! Essa é minha primeira história, então já me perdoem pelas loucuraskkkk Se derem estrelinha e comentarem eu vou amar e ser muito grata. Também mandem pras migues que amam uma fic. Espero que gostem.)
Nicole procurava o melhor lugar para trabalhar, mesmo sabendo que isso não dependia totalmente dela, tinha receio de deixar sua pequena cidade natal e abandonar seu pai, que sempre foi cuidadoso e protetor desde que a adotou.
Depois de cursar a faculdade e concluir o treinamento na Academia de Polícia, foi chamada para atuar em San Francisco Police Department, mas se assustou com a distância. Nedley, seu pai, por sua vez, sempre apoiou ir onde tinha mais chances de crescer, se tornar ainda mais independente e forte, prendê-la ali seria um erro. O tranquilizava pensar que seu sobrinho John, morava em Okland, cidade vizinha a San Francisco. Poderia auxiliar na adaptação da prima.
Atravessar alguns estados, saindo do Colorado e indo para California, soava como uma loucura. Estaria sozinha lá. Sem sua família, sem seus amigos. Apenas algumas bagagens em suas mãos.
Enquanto organizava sua vida, não espalhou a notícia para ninguém além de seu pai. Queria deixar para contar a seus amigos no momento certo. Já estava sofrendo antecipadamente pela despedida, e todos os sonhos que abandonaria. Ainda mais quando os olhos da mulher que amava em segredo, apareciam em sua memória cada vez que lembrava da partida.
Mudar para uma cidade grande pode ser assustador ou animador. Diferente de Nicole, sua amiga Waverly, sempre pensou em como seria sair de Purgatory. Depois de concluir seu curso na Universidade local, tentou de tudo para conseguir uma bolsa e iniciar seu sonhado mestrado em Antropologia. Mesmo que tivesse que se distanciar da família. Já tinha recebido duas cartas com respostas negativas, mas ainda sim estava animada com as duas que faltavam.
Mamma Earp estava receosa para onde sua filha iria. Sempre soube que tinha potencial suficiente para alcançar o que queria, mas suas angústias falavam mais alto no momento.
As vezes conversava com Nedley, para ter um amparo de um pai solteiro, assim como ela. Ele a acalmava, afirmava que os filhos foram feitos e criados para voarem livremente atrás de seus sonhos. Colocá-los em uma gaiola seria tão errado quanto prender um passarinho por capricho.
Em uma tarde pacata, Shorty's teve sua tranquilidade interrompida por Waverly. Com seus olhos arregalados, indo focada até sua mãe, que se encontrava conversando no balcão com Nedley, levantou a carta de aceitação da University of California. A senhora ficou em choque, com uma mistura de alegria e receio invadindo seu corpo.
A filha mais nova pulava e comemorava o que tinha acabado de acontecer, correndo para fora do local indo avisar sua irmã.
- É isso, meu velho amigo, estamos juntamente sozinhos – A mãe da Earp dizia enquanto girava seu copo de whisky no balcão.
- Pelo menos nossas meninas podem se acompanhar nessa jornada – Consolou Nedley enquanto deu três tapinhas nas costas da amiga. – Ela e Nicole já são amigas, então, podem usar a amizade nessa nova trajetória.
***
- Eu não acredito que as duas vão me deixar sozinha nessa cidade de velhos! – Wynonna falava exacerbada entre uma dose de tequila. – O que eu vou fazer aqui sem ter vocês para levarem a culpa por mim?
O trio estava no balcão do Shorty's. Se encontraram naquela noite para conversarem, exatamente, sobre a ida das duas mais novas para fora do estado.
- Você até poderia ir junto, maninha, se não tivesse atrasado tantas cadeiras na faculdade. – Waverly falava com cara de "eu avisei".
- Eu avisei que não deveria ter enrolado tanto com isso. Ainda mais nos meses que brincou de Sr. & Sra. Smith com aquele cara. – Nicole sorriu enquanto levava seu copo até a boca.
- O que aconteceu no passado fica no passado, Haught! – A Earp dizia, fazendo sinal ao barman para trazer mais algumas doses.
- Você pode ir nos visitar quando quiser, Nonna. Eu e Nicole, provavelmente, vamos dividir uma casa ou apartamento para economizar.
No mesmo momento em que Waverly disse isso, Nicole pegou uma dose que o barman deixou na frente do trio e virou em uma vez só. Pensando que assim engoliria o nó que se formou em sua garganta.
- É, sim... Nada vai mudar entre nós, mesmo com a nossa distância. – A ruiva tentou acalentar a amiga.
- Nem acredito que minha baby girl vai embora. – A Earp mais velha apoiava a cabeça no ombro da irmã. – Espero que lá você encontre alguém melhor do que os embustes que teve por aqui.
- Não quero saber de homem atrapalhando minha vida - A mais noiva disse enquanto gesticulava enquanto fazia uma careta.
- E você, Haught? Vai ser dar bem na capital gay. – Wynonna cutucava a amiga com o cotovelo de forma provocativa.
- Não conte muito com isso, tenho tendência a me apaixonar apenas por quem não devo. – Respondeu com a voz baixa olhando para o balcão.
- O problema é que você é como minha irmãzinha aqui. – Nicole arregalou os olhos e Waverly olhou confusa. – Tem um enorme dedo podre e só escolhe quem não presta.
- Você realmente não tem direito de falar sobre escolhas ruins, né, Chave de Cadeia?
- Meu Deus, Waves isso foi só uma, ou duas, talvez três vezes! Não posso fazer nada se eu gosto dos caras maus. – Wynonna falou fazendo beicinho.
- Está muito bom falar sobre nossos erros amorosos, mas agora preciso ir para casa. – Nicole disse ao se levantar do banco de deixar algumas notas de dinheiro sobre o balcão. – Vocês precisam de carona?
- Acho que sim, prefiro que nos leve do que arriscar ir de moto com minha irmã alterada assim. – Waverly disse enquanto também se levantava.
- Eu sei que vocês me amam e vão sentir minha falta. – Wynonna disse tirando algumas notas amassadas, moedas e um clips do seu bolso.
- Pode guardar suas economias que já paguei tudo. – A ruiva falou enquanto passava o braço sobre os ombros da amiga.
- Ok, SugarMommy! – A Earp mais velha zombou.
As três foram até o carro de Haught. Ontem a irmã mais velha se sentou no banco de carona e a mais nova no banco de trás. Foram conversando e rindo por todo o caminho até chegarem a Homestead. Waverly se despediu de Nicole, mas estava apertada, então entrou rapidamente em casa, antes que não desse tempo de chegar ao banheiro.
Antes de Wynonna sair, virou o seu corpo para a que estava no banco do motorista e suspirou fundo.
- Eu realmente fico mais tranquila sabendo que você vai junto de Waves para lá. – As duas sorriram, mesmo a Ruiva não esperando ouvir aquilo da amiga. – E realmente acho que vocês deviam se aproximar mais.
- Eu acho que você bebeu demais essa noite. Mas vou cuidar dela por você sim.
- Se a magoar, vou te bater tanto até seu Gaydar não apitar mais. – A Earp disse enquanto sorria e elevava as sobrancelhas. - Boa noite, ruiva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Right Ways
FanfictionDuas jovens adultas se mudando para a cidade grande e dividindo uma casa. Um novo caminho cheio de novidades, surpresas familiares e sentimentos inexplorados. Seria mais fácil seguir em frente e mudar sendo quem realmente é ou se moldar pelo o que e...