Sabe o que eu acho? Acho é tome

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Akaashi deu graças aos Céus quando seu cio acabou. Ele gostava de ficar coladinho em Bokuto 24h por dia, de receber carinho sempre que pedia, de foder em todos os cômodos da casa, de ter Bokuto lhe dando banho depois de todas essas fodas porque ele não suportava mais o peso nas pernas e coisas do tipo, mas não era assim que a vida funcionava e eles precisavam voltar para suas respectivas rotinas acadêmicas.

— Que chato — Bokuto comentou, já na metade do caminho. — Queria ter ficado em casa abraçadinho com você.

— Aquela era a minha casa, Bokuto-san, e não a sua — Akaashi brincou, mesmo sabendo que era uma mentira descarada, porque depois daquela semana, Koutarou era praticamente noivo do ômega, quase esposo. — Eu também prefiro nossa rotina mais amorosa, mas não podemos fugir do colégio pra sempre.

— Eu queria poder ficar agarradinho em você no colégio também — o alfa confessou, soando melancólico.

— E por que você não pode? — Akaashi franziu as sobrancelhas. Não havia nenhuma cláusula que proibia chamegos em público no contrato imaginário que Akaashi tinha assinado. Ele queria receber amor e carinho, afinal era um ômega involuntariamente carente.

— Você não se incomoda? — Bokuto pareceu surpreso, com as sobrancelhas arqueadas e o sorriso esperançoso. Akaashi negou com a cabeça. — É que eu achei que você fosse se envergonhar.

— Bokuto-san, eu não sou tímido — o moreno respondeu, segurando a mão do namorado e entrelaçando seus dedos. — Só não demonstro muito afeto. Também não quero que as pessoas saibam que eu sou ômega lúpus. Sempre me perguntam se eu sou beta e eu dou de ombros. É melhor que eu continue assim.

— É melhor mesmo — Bokuto concordou, puxando Akaashi para mais perto, para abraçá-lo de lado, pelo pescoço. — Vai que outros alfas tentem te tirar de mim.

— Eles não conseguiriam — Keiji respondeu simples.

— Eu sei que não, você é meu ômega tanto quanto eu sou seu alfa — Koutarou disse, dando um beijo na bochecha de Akaashi. — Mas eu ficaria muito triste se visse alguém tentando te tirar de mim mesmo assim.

— Acho que a sua mãe tem orgulho do filho que criou — Akaashi soltou "aleatoriamente", ao ver de Bokuto.

— Por que eu sou um alfa incrível? — ele perguntou, como se exibisse uma peça rara de museu.

— Porque ela criou um filho dramático, digno de receber um Óscar, igualzinho a ela — o ômega brincou.

— Ei! — o mais velho exclamou. — Não fala assim da minha mãe! Ela agora é a sua sogra!

— Sabe, eu gosto muito de coisas estrangeiras… — Keiji começou a falar, novamente, de forma completamente aleatória ao ver de Bokuto.

— E o que isso tem a ver com você chamando minha mãe de dramática? — o alfa perguntou indignado.

— É que "sogra" me lembrou uma música brasileira bem engraçada — ele respondeu com um sorrisinho pequeno no rosto. — De Bezerra da Silva.

— O que a música diz? — Bokuto pareceu confuso.

— "Sequestraram a minha sogra, bem feito pro sequestrador" — Keiji começou a cantar, segurando o riso. — "Ao invés de eu pagar o resgate, foi ele quem me pagou".

— AGAASHEE! — Bokuto gritou, se afastando do namorado. — COMO VOCÊ PODE DIZER ISSO DA MINHA MÃE?

— Em minha defesa, ela sempre ameaçou me fazer infartar jogando indiretas — Akaashi respondeu, fazendo pose de completo inocente.

A luz dos olhos teus - Bokuaka Onde histórias criam vida. Descubra agora