Todo relacionamento possui seus altos e baixos. Taehyung e Jungkook, mais uma vez, não conseguem se expressar como gostariam, apesar do tempo considerável de namoro. As semanas passam, e as dúvidas permanecem. Tudo muda, no entanto, durante a gravaç...
> Inspirado na conversa TaeKook do episódio 6 do In The Soop;
> Betado pela tete_biasutt, que também me incentivou a postar, e agradeço por isso. 👉👈
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Desde que te conheci, há quase 9 anos atrás, sempre me orgulhei por nunca termos brigado feio. Nem mesmo durante nosso tempo de namoro, que tem sido de 3 anos e alguns meses. Porém, não significa que não sofremos com mal-entendidos no meio do caminho, gerando mágoas e distanciamentos até conseguirmos esclarecer tudo.
No início de maio, fizemos uma live juntos pela primeira vez, confeccionando cartolinas para o Dia dos Pais. Permitimos que o carinho transbordasse de nós em cada olhar, cada sorriso, cada risada, cada elogio, cada cantoria… Especialmente em "Never Not", do Lauv. Parecia mais uma daquelas músicas que contavam nossa história.
E então, ao longo do mês, as coisas mudaram. Ficamos tão imersos em nossos problemas pessoais, frustrações pela pandemia e excesso de trabalho que mal tínhamos tempo um para o outro. Não era sempre, também, que estávamos no mesmo dormitório, pois eu aproveitava para visitar meus pais e Yeontan numa frequência maior, ou ficar no meu próprio apartamento, enquanto você curtia o seu. A gente simplesmente não conseguia se abrir e, pouco a pouco, nos afastamos. Nossas conversas se resumiam a amenidades do cotidiano, opiniões sobre nossas respectivas mixtapes e debates em grupo nas reuniões com os meninos, onde eventuais desabafos aconteciam, mas sem nos aprofundarmos.
Estava muito semelhante aos períodos em que "demos um tempo", mesmo sem verbalizar.
E precisávamos de um espaço na agenda para uma conversa.
Mas me veio um medo irracional disso trazer um fim definitivo ao nosso namoro.
E eu não podia perder você.
Só não sabia como chegar a você.
Não era a primeira vez que eu me sentia assim e, provavelmente, não seria a última.
Contudo, você não era obrigado a ter paciência eterna comigo.
E acho que isso me assustava.
Eu admirava sua independência, sabedoria e maturidade adquiridas com o tempo, mas também vinha pensando que, talvez, você fosse bom demais para mim, e logo cansaria de mim.
Lembro de quando você tomou a iniciativa de me chamar para beber. Só nós dois. Era começo de madrugada, e eu estava no estúdio finalizando uma música. Poderia ir ao seu encontro sem problemas. Eu não fazia nada tão urgente. Só que agi como se fizesse, e não fui te ver.
Você nunca mais tocou no assunto. Certamente estava com o orgulho ferido. Eu, por outro lado, havia me arrependido no mesmo instante em que neguei.
Para piorar, você ainda teve que lidar com (mais) boatos maldosos ao seu respeito. Eu e os hyungs fizemos de tudo para te consolar nos primeiros dias. Você chorou, xingou, desabafou, mas depois passou a se isolar mais e mais. Típico seu.
