A Garota do Bar

Capítulo 6

Ok o tempo correu um pouco, mas Emma e eu permanecemos calmas, ela nunca falou em namoro, e por mim tudo bem, as vezes saimos e parecemos ser apenas amigas, mas isso foi ficando cada vez mais raro, atualmente eu não consigo sair de cima dela, cada dia me apego mais, e tenho medo desse sentimento, porque eu realmente não me sinto pronta para engatar um relacionamento quando ainda vejo o perfil da minha ex namorada pelo perfil de amigas minhas, eu quero deixar de olhar, parar de me preocupar se ela realmente me esqueceu e se ela ama ele de verdade ou não eu quero não me sentir mal vendo ela tão feliz com outra pessoa, e quero não sentir falta dela, mas infelizmente eu sinto, ainda esta em mim, em coisas pequenas e grandes, porque, droga! ela foi anos de minha vida, foi o meu primeiro eu te amo, e o ultimo também, me sinto uma pessoa tão idiota por me sentir assim, quando estou saindo com uma garota espetacular, com um sorriso maravilhoso, e o dom de me fazer sorrir a qualquer hora do dia. Ela dormiu comigo essa noite, porque acordamos muito cedo em manhãs de piquenique, e fez um bolo de frutas, era realmente bonito, eu senti seu cheiro a noite toda, a parece me relaxar, a presença dela me faz tão bem, mas tenho tanto medo disso tudo, de tudo o que sinto quando ela esta perto.

Eu pensei que ela estaria com uma mochila gigante, lotada de coisas, talvez até mais de uma mala, mas ela estava apenas com uma mochila media nas costas e carregava o bolo de frutas nas mãos, os cabelos soltos, uma regata amarela e um shorts jeans azul claro, bem simples e cara, como ela conseguia ficar tão bonita de qualquer jeito? me aproximei e a beijei, porque esse final de semana eu não estava levando uma amiga, disso eu tinha certeza minha mãe sorriu e disfarçou, então colocamos toda a bagagem no porta malas e seguimos para nossa grande viagem de fim de semana.

A primeira coisa que ela quis ver quando chegamos foi o lago, então logo depois de guardar toda a bagagem seguimos até lá, sozinhas, fomos até as beiradas e ela molhou as mãos com a agua do lago, e em seguida passou no rosto.

- Amo agua. - ela disse.

- Achei que você só amasse invadir piscinas de estranhos.

- Esse é meu hobbie. - ela sorriu.

Notei que ela olhava para as pedras no chão, pedras perfeitas para pular na agua, fui para onde ela estava, peguei algumas.

- Quando eu era mais nova, faziamos competições, a pedrinha que desse mais pulos na agua ganharia um pedido especial de sobremesa antes de acabar o final de semana.

- E você era boa? - Ela perguntou.

Joguei a pedrinha, foram seis pulos, olhei para ela e sorri.

- Comemos torta de limão por anos, porque eu nunca perdia. - Dei uma pedrinha para ela.

Ela jogou e ela afundou direto.

- Um dia eu chego lá. - ela disse rindo e me beijou.

Sempre que ela era simplesmente ela, e me entendia com meus gostos, eu tinha que segurar minha lingua para não dizer que estava perdidamente apaixonada.

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Normalmente, as crianças de dividiam em dois quartos, com seus sacos de dormir e alguém ficava na cama, era sempre eu, os adultos ficavam em quartos sozinhos, dormindo tranquilamente porque sempre havia um adolescente para olhar as crianças, mesmo que de fato ninguém fizesse isso, eu nunca havia levado uma garota, e isso mudou toda a historia, o quarto que na verdade deveria ser um porão, estava limpo, sem poeira, e organizado, porque agora eu era um dos adultos, com uma companheira, e deveria ficar em um quarto, embora eu ache que só não quisessem que eu dormisse com uma gostosa tatuada no quarto com as crianças, e por mim tudo bem.