PRÓLOGO

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WEI YING

Wei Ying abriu os olhos assustado com o barulho de marteladas perto de si, a cabeça estava latejando de dor e outras partes do seu corpo também. Estava sentado, tentou se mexer, mas havia cordas em volta do seu peito, das mãos atrás das costas e mais cordas amarrando suas pernas nos pés da cadeira.

O cômodo era pequeno, as paredes e o chão eram de cimento chapiscado e havia duas mesas de metal com muitas ferramentas em cima, ao lado delas tinha uma churrasqueira que ardia com o fogo e na frente desta estava um moreno usando avental e luvas grossas.

"De novo, Patriarca, seu filho da puta desgraçado?" pensou e soltou o ar fortemente chamando a atenção de quem estava a poucos metros dele.

"Finalmente acordou, Patriarca Yiling" Quem disse era Wen Chao, o que fez Wei Ying dar um suspiro de alívio já que o conhecia muito bem, "Eu mal tinha começado a tortura e você desmaiou."

Realmente, ele podia sentir algumas partes do seu corpo inchadas e doloridas.

Agora o homem estava com o martelo batendo em um pedaço de ferro que parecia uma espada, logo esquentou na brasa e o resfriou em um recipiente com água gelada.

"O que você fez agora, Patriarca?" pensou indignado.

"Eu transei com sua mulher de novo?" cuspiu as palavras.

Wen o olhou incrédulo: "VOCÊ.... DE NOVO?... Não, não fez isso, não é?" Soltou a espada sobre uma das mesas e apontou o dedo pro rosto de Wei Ying, "Está fazendo isso para me irritar? Vai dar uma de desentendido?"

Wei com cara de tédio só esperou que ele falasse, já que o Wen sempre jogava na cara dele o que ele havia feito, nem se deu o luxo de perguntar.

O moreno tirou as luvas, jogou elas de lado e começou: "Vai me dizer que se esqueceu do que fez com meu irmão?... Eu também odeio aquele cafajeste, mas quem mandou você mexer com os Wens?" Wei Ying ficou tenso, era novidade essa do irmão, só conhecia Wen Chao, "Dessa vez não sou eu que quero arregaçar você e sim meu pai, você mexeu com o filho favorito dele."

"Como?"

"COMO?!" ele gritou e depois riu descontroladamente, "Admito que adorei e em vez de te torturar, eu queria te parabenizar. Eu não vou mais ter que ir buscá-lo num puteiro ou levar garotas à clínicas de aborto, já que ele nunca mais vai conseguir fazer algo. Eu que limpava as merdas daquele ninfomaníaco e graças a você, não preciso mais fazer isso."

Wei Ying arregalou os olhos entendendo o que aconteceu e ficou assustado. O Patriarca nunca tinha feito algo tão cruel, ele sempre usava os punhos e não facas ou armas de fogo, mesmo que a pessoa fosse um lixo de ser humano. O que o tinha levado a fazer isso?

Sua cabeça ficou cheia de dúvidas, mas aquele não era o momento. Tentou se acalmar e com uma plenitude que surgiu do nada sua expressão se tornou séria e debochada. Ele já sabia o que fazer.

"Quer dizer que vai me liberar dessa vez?"

"Claro que não, deixa de ser otário" Ele se virou pegando um facão do meio das ferramentas, "Me mandaram te dar o troco e eu farei isso com prazer."

"Aah, então você ainda é cadelinha do seu irmão?" seu tom de voz esbanjava provocação, "Achei que não teria que lidar mais com os assuntos dele."

"O quê?? Quem mandou isso foi o meu pai, não aquele cretino."

"Sim, mas ele mandou você fazer isso para o filho favorito dele não sujar as mãos" riu com desprezo, "Às vezes eu tenho que te explicar tudo, seu nome deveria ser Wen Chaocota."

O Wen gaguejou com a ofensa e seus olhos quase saíram de órbita de tanta raiva, então ele chegou em passos fortes e deu um chute bem dado no estômago de Wei, fazendo o mesmo gritar de dor e tombar de lado com a cadeira.

Já no chão, Wei tossiu seco e gemeu de dor, mas seus lábios se contraíram para cima em um quase sorriso, logo ele se conteve.

Wen Chao sempre era muito manipulável, pela quinta vez tinha caído na lábia de Wei Ying que nem precisou se esforçar para conseguir o que queria. Agora a corda que estava em seu tronco tinha se afrouxado e enquanto conversavam antes, já tinha tirado as que estavam prendendo suas mãos.

"Fala alguma merda de novo pra você ver se além do seu pau, consegue ficar sem sua língua." Wei permaneceu com a cabeça baixa "Que foi, está sentindo dor até agora? Você não era resistente? Péssima notícia, eu nem comecei."

Falando isso, Wen Chao se abaixou e esse foi seu primeiro erro, Wei pegou as cordas que amarravam suas mãos e rapidamente passou pelo seu pescoço, no desespero o Wen esticou o braço com o facão, segundo erro, Wei Ying segurou as duas pontas da corda com a mão esquerda e com a direita atingiu o punho de Wen Chao fazendo a arma cair e pegando-a em seguida, nesses segundos Wen tentou gritar para chamar seus capangas, terceiro erro, a corda em seu pescoço foi puxada e o grito ficou entalado.

"Hoje é que dia?"

O Wen estava roxo pela falta de ar e perplexo com a virada da situação, então ainda ameaçando com o facão o pescoço de Chao, Wei afrouxou a corda para ele voltar a respirar e conseguir falar.

"De..deze... zesseis de a-ab... abril" respondeu com dificuldade, mas sem nem questionar, já que das outras vezes que tinha pegado o sujeito ele sempre fazia essa pergunta.

Ficou pensativo e contou algo nos dedos, "Dezesseis de abril? Duas semanas... Ele ficou muito tempo dessa vez." pegou o facão desatando as cordas de suas pernas se livrando da cadeira, levantou, tirou um pouco do pó de suas roupas e se virou para Wen Chao que ainda estava se recuperando "Onde é a saída dessa vez?"

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S.Vênus: Vocês já assistiram o drama perfeito no qual o plot dessa história foi inspirado, Kill Me Heal Me? 

KILL ME HEAL ME - WangXianOnde histórias criam vida. Descubra agora