a light in the darkness, my love.

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- Preciso que fique calma, por favor. - Shelly  dizia.

- Não Shelly.... Não. - Estava ajoelhada no chão do quarto de hospital.

- Para, seu bebê não morreu... Aspen me avisou sobre os planos da mãe quando te trouxe, eu tinha que falar que perdeu o bebê para ela e para os médicos. Vem, vou te mostrar. - Ela me puxa para a maca. Deito sem reação, enquanto ela passa o gel gelado em minha barriga e a imagem que enche meu peito aparece. Meu bebê estava aqui ainda, comigo. - Eu disse!

- Ohh meu deus. - Exclamou deixando as lágrimas continuarem mas, sem tirar os olhos da tela. - Mas, por que eu senti tanta dor?

- Quase o perdemos, por pouco. Sorte que encontrei você aqui antes dos médicos, junto com a doutora. - Suspiro. - Preciso que fique calma agora, pelo seu bebê. Tenho algo para você.

- Me deixe ouvir o coração, por favor. - Ela assente, os sons rápidos enche a sala, me tranqüilizando. Era como se estivesse falando comigo. - Onde está minha mãe? - Perguntei.

- A caminho. - Concordo com a cabeça. - Quero ouvir esse som por enquanto, posso? - Ela concorda agora. - Para onde vocês foram?

- Para a minha casa. - Ela responde ao meu lado. - Eu quero matar, aquela...

- Shelly. - Seguro na mão dela. - Agora, esse aqui, é a única pessoa que me importa. Eu tentei, eu juro que tentei... Mas, eu nunca mais arrisco a minha vida e a vida do meu bebê, por alguém que não arrisca o próprio império... Por mim. - E mais lágrimas. - Cansei de ser sempre o alvo e viver fugindo, eu quase perdi tudo, por ele. Não vou mais fazer isso, nunca mais.

- Eu respeito isso, e irei zelar pela vida de vocês, eu juro. - Ela me abraça. - Ele deixou uma carta para você, irei deixar aqui, tudo no seu tempo.

- Obrigada. - Digo a olhando. - Quero sair daqui, capaz daquela mulher voltar e não posso estar em perigo de novo. - Shelly concorda, desliga o aparelho e saiu do quarto. Encaro o envelope. - Por que faz isso comigo, Harry? Por que? - Pego a carta em mãos, abrindo.

Mia... Ou Alissa, acabei de deixa-la com sua amiga enfermeira, não sei o que escrever nessa carta, eu estou completamente confuso e abalado, por que não me contou que estava esperando um filho meu? Não vou te culpar por nada, eu entendo e faria tudo o que você disse que fez por sua mãe e pelo que esta fazendo por nosso bebê. Mas, isso não é seguro... Para vocês. Quero confessar que, é impossível tirar você da minha mente, entre meus 100 pensamentos, você é 99 deles. Você partiu meu coração, mas você só sabe que ama alguém, quando você não a odeia, por quebrar seu coração. Por favor, fique longe de mim e de qualquer pessoa relacionada a mim, porque eu não quero que você seja outra vítima como, Chloe foi. Não quero que a sua vida e a desse bebê, nosso bebê, Mia, seja tirada de mim, por algo maior que você sabe ser perigoso. Então, eu mesmo estou te tirando de mim para que nada a machuque por minha causa.

Nunca se esqueça que eu amo você e nada vai mudar isso. Com amor e sinceridade, Aspen Harrinson.

- Filha? - Minha mãe entra ofegante no quarto. - Eu sinto muito.... Meu amor. - A mesma me abraça fortemente.

- Mãe. - A abraço, a carta havia partido meu coração e ao contrário dele, eu o odiava por ser quem ele é.

- Eu sei, eu sinto muito, eu posso sentir essa dor. Mas, o amor maior ainda está dentro de você e eu estou aqui, nunca vou sair do seu lado. - Concordo com a cabeça.

- Me tira daqui, Mãe. Me tira do meio de tudo isso, eu não quero mais, eu não quero mais, mãe... Por favor. - Segurava suas mãos. - Eu não quero mais essa dor, essa fuga que não termina. Eu não quero mais ter medo toda vez que você vira as costas.

- Tudo bem, tudo bem. - Ela concorda com lágrimas nos olhos. - Eu faço o que você quiser...

- Me leva, me leva para longe. - Shelly estava chorando do lado de fora da sala, abraçada com Jessy. Todos estavam com medo, abalados.

Shelly me arruma a alta e algumas roupas, saio juntamente com ela, me sentia sem rumo, com raiva mas, muito medo, pela minha vida. Em qualquer circunstância Harry não me escolheria, não pela Bárbara, mas porque.... Pessoas confusas, machucam pessoas incríveis.

- O que faremos com ela? - Jessy perguntava a minha mãe e Lucy. - E esse bebê? É um deles, se Bárbara já sabe dessa criança, porque não pega-la?

- Sim, ela corre esse risco, principalmente se for um menino. Ela não pode saber em hipótese nenhuma, quando descobrirmos o sexo. - Lucy diz.

- É um menino. - Digo, me dirigindo a elas com os braços cruzados. - Eu sei que é..

- Bom, temos que escondê-la, como fiz com você. - Jessy diz.

- Mas, onde? - Minha mãe se aproxima.

- O melhor do que me esconder a milhões de quilômetros, é me esconder de baixo do nariz deles. - Grace nega com a cabeça.

- Ela tem razão. Posso conseguir uma casa, com ronda, empregados para ela não precisar sair. - Concordo com a cabeça.

- Aceito qualquer coisa, com um porém... Quero Victória para cozinhar para mim.

- Quem? - Jessy me olha.

- A empregada da casa deles, eu quero ela. - A mesma revira os olhos negando. - Isso ou nada.

- Eu vou junto. - Shelly diz.

- Tudo bem filha, você merece isso. - A abraço.

- Eu agradeço por isso, de verdade. - Sorri a olhando.

- É possivel colocar tudo em meu nome? - Minha mãe pergunta.

- Não é apropriado, podemos colocar no nome de alguém que não conhecem. - Jessy afirma.

- Shelly Heanswork. - Ouço. - Tudo por eles. - Ela me estende a mão e seguro com força.

- Tudo bem, irei providenciar o mais rápido possível. Por enquanto, é melhor ficarem em minha casa. - Concordo.

- Obrigada Jessy, muito obrigada. - Ela sorri de lado.

- Onde está Melanie? - Perguntei.

- Ela foi até Jane, não entendi bem, o porquê. - Estranho.

- Hora de trabalhar, tenho que ir. - Jessy beija a testa de Shelly, minha mãe a acompanha. Encaro Shelly que ri baixo assim que elas saem.

- O que houve aqui? - Perguntei.

- Desde aquele dia na sala dela, ela mudou. - Sorri. - Estamos juntas.

- Isso é lindo. - Abracei ela.

Estava feliz por Shelly, por ver Cordon cuidando dela. No fundo, eu só queria um desses momentos.

Espírito de RetaliaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora