𝚂𝙸𝙽𝙾𝙿𝚂𝙴

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3 de setembro de 1940

Sons extremos sobre a terra se chocam, já faz um ano deis que a guerra começou, mamãe está chorando ao meu lado com minha pequena irmãzinha morta, estamos indo para a Alemanha nesse trem, está nevando lá fora, está muito frio. Existe milhares de pessoas aqui neste trem, homens de chapéus engraçados, mulheres de casacos de pele caros, velhinhos de bengalas, e até um pequeno cachorro de pele branca como a neve, latido.

Papai me contava histórias sobre um pequeno cachorrinho que uma vez, fugiu de casa, e se perdeu no mundo, mais ele amadureceu e achou um dono que o amava muito, Papai me contava muitas histórias, pena que nem lembro de seu rosto, mais seu nome era Girbert, ele era um bom homem, pelo oque a minha mãe me dizia, seu nome e Alexandra.

Depois que a guerra começou, papai foi embora para algum lugar, e nunca mais voltou, homens os levaram, e depois de um ano, agora, mamãe não tem dinheiro para nós sustentar, e viajamos de lugar a lugar, buscando comida, eu tenho 4 anos, e a minha pequena irmãzinha tinha 1 ano apenas, não a conheci, mais sabia que talvez fosse uma bela dama. Mamãe me disse que uma mulher ira me acolher, e que iria me levar para trabalhar para sustentar a mim, eu não quero ir embora, mais ele me disse que voltaria depois de algumas semanas para me ver.

Após o trem parar, mamãe me pega pelo pulso e me arrasta para fora, caminhamos até fora da estação, eu apenas ouvia os barulhos dos trens e das vozes das pessoas que poluiam meus ouvidos e se estremiam, várias bandeiras enormes vermelhas com símbolos estavam por toda a parte, isso significava que realmente estávamos na, Alemanha, Já que Hitler começou seu império de revolução em sua cidade. Paramos em frente a um carro preto, onde saiu uma mulher de casaco da mesma cor do veículo com um chapéu com um laço ao lado, luvas brancas, e saltos que faziam barulho no chão,e deixou marcas na neve naquele dia.

Mamãe soltou a minha mão, eu olhei para ela, ela havia dado passo para trás, olhando cruamente para a moça, segurando minha irmãozinha ainda de olhos abertos e arregalados e pele azul. Eu a olhei com um olhar genuíno, ela pegou a minha mão, e começou a me puxar, eu comecei a lugar, e gritar pela minha mãe, mais ela continuava parada ali sem fazer nada e continuando com um olhar morto. Ela era bem mais forte, e me colocou no carro. E quando entrou, o motorista trancou as portas, e eu fiquei com meus joelhos encima do banco, vendo a última vez que veria e minha mãe, parada com um bebê morto em seus braços, ela nem olhava para mim, foi a última vez que a vi, eu a perdi.

Chorei a viagem toda, sentada e chorando, eu questionava com lágrimas e entre soluços a onde iriam me levar e oque haveria com a minha mãe, nenhuma voz surgiu em meio aquele carro, apenas caras sérias. Paramos em frente a uma mansão, com uma grade e um portão enorme, mais possível de ver a enorme casa de cor escura e seu jardim. Eu admirei por alguns segundos, e depois a moça me puxou pelos braços até a porta, estava tão encantada, que apenas andei junto a ela quieta ainda olhando para todo a minha volta enquando caminhava. Na porta, ela se agachou e havia me dito "Apenas acene, se perguntarem qualquer coisa, responda educadamente e não ouse tocar em nada ou falar com ninguém que seja aqueles que estão acima okay?" , Eu apenas concordei em um aceno, e logo abriram a porta. Era enorme, tinha uma escada com um tapete vermelho por ele, quadros, estantes e detalhes em ouro pelos lugares. Ela me levou até o andar de cima, e paramos em frente a uma porta, ela falou algo, e olhou para mim por um segundo, e logo entrámos. Um homem de terno lendo um jornal e uma mulher tomando chá em uma xícara com flores roxas pintadas nela, com um vestido vermelho e luvas lilás, com um penteado engraçado, botas pretas, sentada em uma posição elegante.

"Senhor, e criada católica da França", disse a. Eles olharam para mim, "oh, ela parece nem mais jovem do que a mulher tinha me falado", disse o. "Que cabelos horríveis, porque esse tom? Parece um queixo sueco", disse a moça com as sobrancelhas juntas em uma expressão de nojo. "Era apenas que veio, a criança morreu quando estavam vindo para a Alemanha", disse a moça, "Bem já que ela e a única que veio, ela será a nossa nova criada, leve-a para o quarto", disse o homem. Quando estávamos indo embora da sala, a mulher de vestido disse "Você viu ela Hobert? Uma judeu! Isto e nojento! Ainda bem que será apenas nossa criada! Você viu que cabelos horrorosa ela tinha? Uma verdadeira imunda!".

Caminhamos até um corredor, e ela apenas me disse que esse seria o meu novo quarto, perguntei a onde estava a minha mãe, e ela não disse mais nada e fechou a porta. Nunca soube oque aconteceu com Alexandra até hoje. Apenas me afoguei em um profundo Estado de choro e conturbação, enquando olhava a neve cair lentamente.

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⏰ Última atualização: Oct 11, 2020 ⏰

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