Entorpecente

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Como droga que te deixa leve, virei o entorpecente do meu entorpecente, é como um beck que te fuma, um loló que te bafora, uma árvore que suga seu oxigênio.

Eu não sei se devo entrar imersamente na realidade que me separa de todas as outras realidades, todas essas caras que me entram e me adentram em várias portas em 360° , girando e nunca entrando, só me alimenta de um nada que nem eu mesma consigo dizer, parece que prossigo sempre, e paro muito.

No tempo. No espaço. Sobre ti, eu não sei o que é, nunca idealizei nada e tanto faz, mas é um tanto faz que importa tanto como se eu não soubesse mais viver sem, sem falar e pensar em ti. Num ser todo defeituoso, parece um brinquedo quebrado que levo pelos anos e não consigo descartar, mas não levo anos e sinceramente nem sei se quero levar.

Mas ainda me faz pensar. Em te desejar. Como se fosse um brinquedo novo. E é. Novo. Não brinquedo. Ou também brinquedo. Estou num paradoxo de tudo. Mas sinto enxergar como você, vendo tudo pela metade. Avoada. Eu me vejo como você me vê, penso em mim mais que tudo, linda, livre, muito inteligente, poética, alegre, quebrada e também defeituosa.

Mas EU NÃO QUERIA ME ENXERGAR EU QUERIA VER VOCÊ eu só quero ver você, eu não quero olhar pra mim quando vejo você, eu quero você, saber mais de ti, coisas bobas, qualquer coisinha individual que não fosse apenas o que você sente por mim.

Porque sinto que amo o que você sente, mas não amo você. Isso dói, e vai doer, mas não é pra doer. Porque eu quero te amar, mas não é sobre mim, ta longe de ser só eu.

- Serafim agora sabe, que realmente não te amava

Devaneios de uma Poeta SimplesOnde histórias criam vida. Descubra agora