Ela voltou...

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Ela me deu um beijo.

Um beijo na bochecha, mas um beijo. Fiquei estagnada por alguns segundos com a mão no local lembrando dos seus lábios a tocando. Segurei a alça da mochila forte no ombro andando o caminho que fazia até em casa, mas aquele dia era diferente.

Subi a grande ladeira que tinha do ponto até onde moro mais distraída que o normal. Tinha algo na cabeça que martelava e não saía, será que Momo gostava de mim? Não, não posso pensar nisso, não posso me iludir de novo como na primeira vez.

Afastei aquelas lembranças da cabeça procurando a chave de casa e entrando tirando os sapatos. Indo direto até o meu quarto e jogando meu corpo cansado na cama. Estava sozinha em casa, meus pais estavam em uma reunião da banda importante. Procurei meu celular entrando no grupo da banda.

B.HERO
Picachu: 04:00PM:
Namoral, essa Momo é realmente muito gata.
Mineta kun falava sobre isso mas eu achei que ele era louco.


Narigudo bipolar: 04:30PM:
Respeita a mulher dos outros Kaminari.
A Jirou chan vai te meter o cacete.


Picachu: 04:35PM:
Eu apago essa mensagem antes dela ver.

Jiro: 04:36PM:
Eu vi.

Loiro estressado: 04:40PM:
HAHA, se fudeu.

Narigudo bipolar: 04:42PM:
Bakugou, tu não tinha ido pra tua casa com a Idara?

Loiro estressado: 04:45PM:
E estou aqui com ela, mas a verdinha foi no banheiro.

Jiro: 04:50PM:
Precoce ein, Bakugou.

Picachu: 04:54PM:
HAHAHAHA.
Não aguentou nem uma.


Loiro estressado: 04:59PM:
MORRAM!

Gargalhei de rir com Bakugou e coloquei o celular para carregar. Tirando o uniforme da escola e dobrando colocando dentro do armário, aproveite para pegar alguma roupa confortável. Tomei um banho quente relaxando as tensões nos músculos do pescoço e do ombro. Como estava sozinha aproveitei para escutar música nos altos falantes da sala, pluguei na televisão escolhendo uma playlist salva do YouTube, deitei no sofá esticando o corpo e acabei pegando no sono.

"...O frio castigava enquanto me dirigia ao endereço do meu celular, apertei o casaco ao meu corpo. As luvas que minha mãe me emprestou estavam ajudando a afastar o vento forte, era noite, mas valia a pena.

Em poucos passos faltando a avistei, com seus olhos cinzas e o rabo de cavalo, estava sentada no banco no local que marcamos. Ao me avistar sorriu se levantando e correndo me envolveu em seus braços, aquele perfume era o meu favorito e ela sabia disso, pois usava sempre que a gente se via.

Me afastei olhando o sorriso que preencheu meus pensamentos esse tempo todo, juntei nossos lábios antes que ela percebesse com um beijo doce e calmo, nos separamos e finalmente pude dizer seu nome. – Que saudades Momo."


– Filhona?. – A voz da minha mãe preencheu meu sonho me acordando.

– Hã?. – Bocejei. – Mãe? Tá tudo bem?

– Tá sim, acabamos de chegar. – O óculos pendurado no nariz, me espreguicei escutando a coluna estalar.

– HAHA Filha, se arruma. – Papai entrou em casa vindo me abraçar. – Vamos comemorar.

– Por que? O que aconteceu?. – Penteei os cabelos com a mão arrumando os fios.

– Seu pai fechou... – Mamãe fingiu tocar uma bateria. – Uma turnê.

– Turnê?!.

YEAH! De dois meses pela Europa. – Tirou a jaqueta de couro apoiando no braço da cadeira. – Então se arruma, coloca sua melhor roupa, que nós vamos jantar fora.

May Cherry TreeOnde histórias criam vida. Descubra agora