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No dia em que te conheci... No dia em que eu te conheci eu tinha saído para me divertir, sem pensar em nada e nem ninguém. Eu tinha a saído para encher a cara e ser livre, saído para sorrir com meus amigos e esquecer qualquer angustia que ousava atormentar meu ser repleto de uma falsa paz.
A luz, a música alta era tudo loucura demais, ate mesmo pra os meus demônios internos. E depois da derrota do meu time, aquela noite se tornou um vulto uma escuridão bagunçada onde eu não conseguia processar nada, e no meio de toda a bagunça o meu corpo todo gritou por socorro ou felicidade e os seus ouvidos bons demais o levou até meu encontro.
Naquela noite em meio a pessoas, cigarros e bebidas eu só queria ser vista e por qual motivo eu não sei, mas você me viu por baixo de toda a mascara. Você viu o meu corpo ir de encontro ao seu... viu além. Minha alma mística, meu sorriso sincero e o meu amor grandioso por Freud e pelo mundo. Naquela noite parecia estar tudo no lugar, as estrelas brilhavam acima de nos, as pessoas sorriam de verdade você sorria e eu também. E justamente naquela noite eu resolvi ser livre, ser apenas eu! E naquele dia você resolveu se desprender de suas amarras.
Eu dançava, pulava e sorria de alegria e harmonia, pela primeira vez eu quis aparecer. Mostrar-me ao mundo, pela primeira vez eu não quis me esconder. O que me tornou especial diante de seus olhos, olhos expressivos que fizeram com que explosões surgissem diante e dentro de nos dois. Explosões de afeto, carinho e calor que juntos poderiam explodir o mundo, foi o que pensei que faríamos juntos com tanta intensidade.
Naquela noite eu perdi tudo, a sintonia que habitava dentro de mim se desfez no momento em que toquei seus lábios. Acordando todos os demônios cheios de desejos e inseguranças dentro de mim, tentei desvencilhar, mas você e seu gosto estavam em todos os cantos prontos para despertar todos os segredos em mim, perdi a minha sintonia ao me sintonizar com você naquela noite, aquela noite onde parecíamos ser um só, com tão poucas palavras prontas e com tanta vontade humana se não fosse pelos outros a terra tremeria.
Naquele dia eu achei que tinha encontrado alguém para me divertir, distrair meu coração e meu corpo disfarçar a minha paixão, mas me enganei, pensei sermos como fogo e álcool que pega fogo rápido e intensamente, mas esqueci da lei da magnitude. Nunca me senti como naquele dia e talvez, só tenha sido assim, tão forte e especial porque a gente entrou sem querer e sem querer que durasse também. A gente só entrou porque o amor é um bom disfarce para nossos corações vazios e desiludidos.
