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Miranda ao chegar a casa, depois de um longo e exaustivo dia de trabalho, se pegou sorrido ao recordar do questionando que havia ouvido a sua nova assistente fazer sobre ela. “Será que Miranda é brasileira”. “Tudo das brasileiras são calientes.” A mulher tentou entender de onde a jovem tirou o caliente, uma palavra espanhola.
Não! Miranda não era brasileira, nem norte americana, Miranda é britânica, do continente europeu. E foi divertido para mulher saber que alguém ali nos EUA parecia entender um pouco de outra cultura além do próprio país que se acham únicos. Miranda também sorriu ao lembrar-se da jovem, dos cabelos e olhos escuros, tão distintos de todos. Rara, tendo em visto que loiras dos olhos claros eram como os “Silva” no Brasil, tem de monte.
A de cabelos nevoados franziu as sobrancelhas ao se dar conta que estava naquele momento pensando sobre um empregado.
— Só pode se o cansaço. – Murmurou a mais velha se despindo para tomar um banho de banheira.
— Tem origem brasileira, pelo menos deve ser limpa, mesmo com péssimo gosto para se vestir. – Mais uma vez Miranda se questionou sobre a jovem, já dentro da banheira.

A higiene dos norte americano era algo que Miranda deveras achava repugnante, por isso ela sempre exigia que ninguém a tocassem. Eles não têm o habito de tomar banho todos os dias, uma vez na semana e olhe lá.
E enquanto Miranda se questionava sobre Andreah, do outro lado da cidade, a jovem estava reclamando dela para o namorado, o quanto ela frio, cruel, e pensava que todos que trabalhavam para ela eram de ferro, que não tivera tempo nem sequer de almoçar. A jovem bufou, revirando os ou perceber que Nate, seu namorado não estava dando a mínima para o que ela falava.
Andreah revirou os olhos, seguiu para o quarto do casal, ao deitar-se na cama fechou os olhos e a imagem de uma Miranda sentada em sua cadeira, com os óculos na ponta do nariz, em um vestido roxo em seu topete devidamente em seu lugar lhe veio em mente.

— Que mulher linda do caralho. Brava! Mas linda. – Murmurou a jovem sorrindo do próprio comentário.

Andreah nem se deu conta de qual momento pegou no sono. Acordou o seu celular tocando incessantemente. Assim que levou o celular até a orelha, a jovem fora bombardeada de ordens ditadas pela primeira assistente.
Andreah ainda ficou alguns segundos esperando sua voltar para seu corpo, para aí sim se despertar de verdade. Ao levantar, a primeira coisa que fizera foi ligar o chuveiro para deixar a água esquentando. Sim, Andreah tinha muitos costumes brasileiros, passado de geral por geração.
A jovem pegou a primeira roupa que encontrou no guarda-roupa e vestiu, não poderia se atrasar, mesmo que ainda tivesse na hora comercial dela ir para o trabalho.

— Cadê meu café, hein, ela morreu por um acaso? – Fora as primeiras palavras que Andy ouvira ao sair do elevador com os braços e mãos ocupadas.

A jovem largou em cima da mesa da primeira assistente os outros pedidos, alinhando suas roupas e arrumando sua franja frisada, e dirigiu-se até a sala da mais velha. Assim que ela adentrou o covil, Miranda girou a cadeira para encarar a jovem dos pés a cabeça, deixando Andreah com as bochechas rubras. A jovem era ciente de que nem de longe se vestia como uma revista de moda exigia.
— Bom dia, Miranda, seu café. – Andy proferiu com um sorriso largo e reluzente, ignorando o descontentamento de Miranda quando viu os sapatos da jovem. — Deseja mais alguma coisa, Miranda? – Andreah tirou seu pequeno bloco de anotações do bolso juntamente de uma caneta.

— Isso é tudo! – Miranda balançou as mãos num gesto para a de cabelos castanhos deixar a sala.

Fogo no feno 🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora