It's hurt, hyung...

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Seguindo seu ânimo naquele dia ensolarado e fresco, o rabinho felpudo de Jungkook não se continha em ficar parado.

Ajoelhado na terra de seu jardim bem cuidado, por ele mesmo, o moreno podava suas belas flores com todo cuidado possível. Mas foi inevitável não se distrair ao ouvir o portão sendo aberto, e dele surgir Park Jimin.

Deixando de piscar por um tempo que não se deu trabalho de contar, Jungkook observava a forma graciosa que o loiro andava pelo jardim, em direção à entrada da casa modesta em que moravam.

— Bom dia, Jungkook! — Em seus lábios cheios e cintilantes pelo gloss, Jimin esboçou um grande sorriso, que abalou o coração do coelhinho.

— Chim... — Sorriu. — Bom di- Ai! — Exclamou, interrompendo sua própria fala.

Procurando tentar entender o porquê sentia uma dor tão aguda em seu dedo, Jungkook levou seu olhar ao mesmo e se surpreendeu ao ver um pequeno corte, consequência de sua distração com a tesoura na outra mão.

— Céus, Jun — Quando se deu conta, Jimin já estava ajoelhado à sua frente. — Tem que tomar mais cuidado! — Com as orelhinhas felinas abaixadas e preocupação estampada em sua feição, ele segurou o dedo cortado do mais novo com delicadeza.

— E-está doendo, hyung... — Balbuciou, tendo sua visão turva por lágrimas aglomeradas em seus olhos enquanto um bico se formava nos lábios.

— Ei, não chore. — O outro consolou, revivendo a calma em suas palavras e na postura. — Deixe-me ver o corte, Kookie.

Jimin sorriu ao ver que usar o apelido íntimo entre eles havia surtido efeito, observando a forma menos tensionada que os músculos do outro, prestes a cair em prantos, estavam.

Então, relaxando o dedo e fungando baixinho, Jungkook deixou que fosse analisado por breves instantes até almejar por um veredito quando seus olhos se encontraram aos do felino novamente.

— Para a sua sorte, conheço um remédio para isso. — Estufou o peito ao dizer.

O de fios claros reconheceu que o corte não havia sido tão profundo e, com bandagem e um pouco de carinho, tudo voltaria ao normal. E era isso que estava disposto à dar ao seu coelhinho assustado.

Um pouco de carinho.

— Você jura? — Seus olhos se encheram de esperança, assim como sua fala afoita.

— Juro, sim. — Assentiu com a cabeça. — Eu vou dar um beijo para melhorar!

Jungkook franziu o cenho, fazendo uma adorável careta enquanto tentava entender como um beijo poderia ajudar. E não deixou que seus questionamentos ficassem apenas reverberando em sua cabeça, quando perguntou para o outro:

— E como isso pode ajudar, hyung?

— Sempre que eu me machucava, — Começou a explicar. — minha mãe beijava o local para passar a dor. É como mágica, só feche os olhos.

Obedecendo o mais velho, Jungkook fechou seus olhos e sentiu um famigerado calafrio tomar conta de seus sentidos, arrepiando seu corpo ao sentir a respiração serena contra si.

E, sem mais delongas, Park aproximou seu lábios do quase invisível corte na pele alva e o beijou rapidamente. Deixando apenas o gloss como seu vestígio.

Inerte na sensação calorosa que dominava seu rosto, o coelhinho permaneceu em silêncio. Fitando, com suas bochechas violentamente rubras, o outro risonho se afastar. Não tardando em sumir do seu campo de vista.

Assim como seu rabinho felpudo balançava freneticamente, seu coração parecia querer sair de seu peito quando, em um suspiro, permitiu que a ficha caísse:

Healing Kisses | Jikook FluffyOnde histórias criam vida. Descubra agora